Coreia do Norte detém 2 supostos espiões sul-coreanos
Seul, 27 mar (EFE).- A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira a detenção de dois sul-coreanos acusados de serem “espiões” e “terroristas” dos serviços de inteligência de Seul que recopilavam informação confidencial e realizavam atividades para “desestabilizar” o país.
O regime comunista apresentou os dois detidos, identificados como Kim Kuk-gi e Choe Chun-gil, em entrevista coletiva em Pyongyang, na qual enumerou seus “crimes” para “prejudicar a liderança suprema” da Coreia do Norte, informou a agência estatal “KCNA”.
Ambos “foram descobertos e detidos enquanto realizam trabalhos de espionagem contra a RPDC (Coreia do Norte), manipulados pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul”, relatou a agência em comunicado.
A Coreia do Norte acusa ambos de recopilar informação confidencial sobre o Estado, o Partido dos Trabalhadores e o Exército Popular para os Serviços de Inteligência de Seul (NIS) em troca de “dezenas de milhares de dólares”, além de realizar diversas atividades para “desestabilizar” o regime de Kim Jong-un.
Concretamente, a KCNA assegura que Kim Kuk-gi, de 60 anos, proporcionou ao NIS informação secreta sobre uma viagem do falecido líder Kim Jong-il em 2009 e criou uma rede de espionagem com base na cidade fronteiriça chinesa de Dandong.
Além disso, lhe acusa de “delitos graves” como “a criação e distribuição de exemplares de literatura”, entre eles discos compactos e cartões SD que difamam os líderes da dinastia Kim, assim como “propaganda religiosa com o propósito de desestabilizar e derrubar a RPDC”.
Por sua vez, Choe Chun-gil, de 55 anos, é acusado de recopilar informação militar confidencial para entregá-las às autoridades sul-coreanas, além de outros delitos como introduzir pornografia no país ou tentar construir uma igreja protestante clandestina.
O governo da Coreia do Sul não se pronunciou por enquanto sobre a detenção dos supostos espiões por parte da Coreia do Norte.
“Estamos tentando verificar a identidade destas duas pessoas, por enquanto não sabemos nada”, comentou à Agência Efe uma representante do Ministério da Unificação de Seul. EFE
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