Coreia do Norte dispara mísseis balísticos no Mar do Japão, diz Seul

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/09/2016 10h00
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c01 (COREA DEL NORTE), 03/08/2016.- Fotografía de archivo sin fechar proporcionada por la agencia estatal de noticias norcoreana KCNA, que muestra un misil balístico estratégico tierra a tierra Hwasong-10, también llamado Musudan, durante su lanzamiento en una localidad no revelada de Corea del Norte. Corea del Norte lanzó hoy, 3 de agosto de 2016, un misil balístico de medio alcance desde su costa suroccidental a las aguas del mar del Este (Mar de Japón), mientras un segundo proyectil explotó poco después de despegar, informó el Ministerio de Defensa de Seúl. Se trata de los primeros lanzamientos de Pyongyang desde el pasado 19 de julio, cuando realizó una prueba con dos misiles de corto alcance y un tercero de medio alcance. EFE/KCNA SÓLO USO EDITORIAL EFE/KCNA Foto de arquivo mostra míssil balístico estratégico Hwasong-10

A Coreia do Norte disparou três mísseis balísticos no mar do Japão nesta segunda-feira, 5, horas depois de a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pedir, sem sucesso, ao líder da China para retirar a sua oposição ao plano de Seul de implantar um escudo de defesa antimíssil dos EUA.

Os militares sul-coreanos disseram que a Coreia do Norte disparou três mísseis de médio porte do tipo Rodong logo após o meio-dia (horário local) que voou cerca de 1.000 quilômetros e caiu no Mar do Japão. O mais recente lançamento aconteceu enquanto o presidente dos EUA, Barack Obama, e outros chefes de Estado do G-20 se reuniam na China.

Um alto funcionário dos EUA condenou o lançamento, uma vez que violou uma das resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) que proíbem Pyongyang de testar tecnologia de mísseis balísticos. Os EUA planejam levantar as suas preocupações na reunião do G-20 e subsequentes pedidos a serem levados à próxima cúpula da Ásia Oriental em Laos, disse o funcionário.

A Coreia do Norte tem forçado o seu caminho no topo da agenda diplomática internacional este ano, com dezenas de testes de mísseis e uma detonação de bomba nuclear em janeiro. Em resposta, a Coreia do Sul informou, em julho, que iria implantar um Terminal de Defesa de Alta Altitude (THAAD), um sistema de defesa antimísseis dos EUA, até o final de 2017.

A decisão azedou as relações entre Seul e Pequim, que se opõe fortemente à introdução do avançado equipamento militar dos EUA na Coreia do Sul.

Em uma reunião hoje de manhã à frente dos principais eventos do G-20, a presidente sul-coreana pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, para reconhecer a diferença das ameaças representadas pela Coreia do Norte para o Sul e a China, disse um porta-voz sul-coreano.

Park disse a Xi que a preocupação na Coreia do Sul sobre a ameaça da Coreia do Norte é “sem precedentes”, após os testes bem sucedidos de Pyongyang de dois novos tipos de mísseis que podem ser lançados a partir de operadoras de telefonia móvel ou submarinos, de acordo com Kim Kyoung-hyun, secretária sênior de assuntos externos e de segurança nacional da Coreia do Sul.

“As vítimas diretas serão o nosso povo”, disse Kim, citando declarações de Park. 

Xi reiterou a oposição da China para a implantação do THAAD na Coreia do Sul, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “O manuseio incorreto [do THAAD] não é propício para a estabilidade estratégica na região, e poderia intensificar conflitos”, disse Xi, de acordo com a Xinhua, acrescentando que a China está comprometida com a paz e a estabilidade na Península da Coreia, incluindo a sua “desnuclearização”.

Segundo Park, se a ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte pudessem ser resolvidas, não haveria necessidade de introduzir o escudo de mísseis, disse o porta-voz sul-coreano.

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