Coreia do Norte exige do Camboja que proíba difusão de “A Entrevista”
Seul, 26 jan (EFE).- A Coreia do Norte pediu ao governo do Camboja para proibir as vendas e a projeção do filme americano “A Entrevista”, que caricaturiza o líder Kim Jong-un, ao considerar que sua difusão poderia deteriorar as relações bilaterais, informou nesta segunda-feira a imprensa sul-coreana.
A Embaixada da Coreia do Norte na capital cambojana, Phnom Penh, enviou um comunicado em meados do mês ao Ministério das Relações Exteriores do país para exigir que tome medidas para evitar a distribuição da comédia da Sony Pictures Entertainment, revelou a emissora pública “KBS”, em Seul.
Segundo a “KBS” a parte norte-coreana argumentou que o longa-metragem protagonizado por Seth Rogen e James Franco é distribuída pelas forças hostis (em uma aparente referência aos EUA) e sua difusão pode prejudicar as relações entre Coreia do Norte e Camboja.
O filme está sendo distribuído no Camboja pela internet e circula sem controle nos mercados, segundo lamentou Pyongyang em sua carta a Phnom Penh.
Na vizinha Mianmar a Polícia já começou há duas semanas a recolher – a pedido do governo norte-coreano – cópias piratas da polêmica produção, considerada “uma declaração de guerra” pelo regime comunista.
No caso da Coreia do Sul o filme não está sendo distribuído no país para evitar tensões com o vizinho comunista, e Seul pediu este mês a ativistas antinorte-coreanos que se abstivessem de seu plano de enviar balões ao Norte com cópias da comédia americana.
Os EUA atribuíram a hackers do regime de Kim Jong-un o ciberataque sofrido pela Sony em novembro, por isso que a Casa Branca colocou a possibilidade de incluir de novo a Coreia do Norte na lista de países patrocinadores do terrorismo. EFE
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