Coreia do Norte intensifica preparação de combate na fronteira com o Sul

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2015 06h59

Seul, 19 ago (EFE).- O exército da Coreia do Norte intensificou sua preparação para o combate em primeira linha ao longo da fronteira com o Sul, informou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa de Seul, em plena fase de tensão entre os dois países vizinhos.

Os militares norte-coreanos posicionados na parte meridional da Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide ambos países “aumentaram a frequência e a intensidade de seus exercícios de artilharia”, afirmou à Agência Efe um porta-voz sul-coreano de Defesa.

Além disso, acrescentou o porta-voz, os comandos fronteiriços do Exército Popular do Norte “começaram a abrir com frequência” os pontos de mira de seus canhões de artilharia que apontam para o Sul, em um aparente gesto de hostilidade contra o país vizinho.

Os analistas sul-coreanos relacionam este aumento da preparação militar de Pyongyang com o ambiente de elevada tensão que reina na península da Coreia desde o início do mês.

No último dia 4 dois soldados sul-coreanos ficaram gravemente feridos pela explosão de três minas nos arredores da fronteira com o Norte, em um incidente pelo qual Seul culpou o regime de Kim Jong-un.

O governo sul-coreano intensificou sua preparação militar, retomou a “guerra psicológica” enviando pela primeira vez em 11 anos mensagens de propaganda com alto-falantes na DMZ, e prometeu mais represálias.

Além disso, Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram nesta semana seu maior exercício militar conjunto estival, o Ulchi Freedom Guardian, com a participação de cerca de 80.000 soldados.

A Coreia do Norte, por sua parte, respondeu à realização destas manobras em território sul-coreano com ameaças e retomou sua própria campanha de “guerra psicológica” com alto-falantes na parte oriental da DMZ.

As autoridades de Defesa de Seul acreditam que Pyongyang poderia realizar nos próximos dias novas ações hostis, como lançamentos de mísseis.

Norte e Sul permanecem tecnicamente enfrentados desde a Guerra da Coreia (1950-53), que concluiu com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo. EFE

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