Coreia do Norte nega entrada de cidadão espanhol por temor ao ebola

  • Por Agencia EFE
  • 28/10/2014 03h38

Seul, 28 out (EFE).- A Coreia do Norte negou a entrada de um operador de câmera espanhol no país por temor ao vírus ebola, informou nesta terça-feira a rede de televisão “KBS” da Coreia do Sul.

O regime de Kim Jong-un cancelou o visto de Marc Martínez, que vive em Pequim e trabalha como operador de câmera para a emissora holandesa “NOS”, ao considerar a Espanha como “um país com risco de contágio de ebola”, garantiu a “KBS”, que citou como fonte da informação o empresário holandês Paul Tjia.

O empresário, que é o responsável de uma assessoria de investimentos no hermético país comunista, tinha organizado uma viagem de imprensa à Coreia do Norte com um total de seis jornalistas da emissora holandesa, entre eles Martínez, segundo a “KBS”.

“Vivo em Pequim e não passo por Barcelona desde julho, e mesmo assim recusaram a minha entrada na Coreia do Norte com passaporte espanhol”, afirmou hoje através do Twitter o câmera, que teve seu visto aprovado em um primeiro momento, mas que acabou sendo cancelado mais tarde pelas autoridades norte-coreanas.

Apesar de estar a milhares de quilômetros dos principais focos da doença, o regime norte-coreano reagiu com extremo zelo à propagação do vírus nas últimas semanas.

Na sexta-feira, a maior operadora de turismo para o país, a Koryo Tours, anunciou que o regime fechou completamente suas fronteiras para o turismo ao suspender, até segunda ordem, a entrada de viajantes estrangeiros ao país para evitar a propagação do vírus.

Levando-se em conta que Pyongyang tinha intensificado recentemente seus esforços para atrair visitantes estrangeiros, o que se tornou uma grande fonte de divisas para aliviar a crise econômica do país, o fechamento das fronteiras ao turismo coloca em evidência que o país está levando muito a sério a ameaça do ebola.

O governo norte-coreano também intensificou na semana passada os controles para evitar a chegada do vírus, tornando mais rígidas as medidas de quarentena nos portos, aeroportos e zonas de fronteira. EFE

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