Coreia do Norte reduz as porções de alimentos aos níveis de 2011

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 06h57
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Seul, 24 set (EFE).- O governo da Coreia do Norte distribuiu a seus cidadãos em agosto uma média de 250 gramas de arroz por pessoa ao dia, a menor quantidade em três anos, informou nesta quarta-feira o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O regime de Kim Jong-un, que nos últimos meses tinha conseguido aumentar as porções cerca de 400 gramas ou mais, as recortou de novo aos níveis de 2011 “devido principalmente à seca na primavera, que afetou à colheita”, explicou à Agência Efe o diretor do escritório do PMA em Seul, Lim Hyoung-joon.

Lim assegurou que neste momento uma de cada três crianças norte-coreanas sofre desnutrição, segundo os dados desta agência das Nações Unidas que – da mesma forma que outras instituições, ONG e governos – fornece ajuda aos mais desfavorecidos no país comunista.

Apesar deste preocupante dado e da redução das porções em agosto, o diretor do PMA em Seul assegurou que a situação alimentícia da Coreia do Norte “é um pouco melhor” em 2014 em comparação com os anos anteriores.

A Coreia do Norte, cujo sistema econômico está submetido ao total controle estatal, impôs desde os anos 1940 um sistema de racionamento para alimentar sua população, mas este quebrou na grande crise dos anos 90 provocando crises de fome que mataram entre 1 milhão e 3 milhões de pessoas, segundo estimativas.

O regime comunista não conseguiu desde então reativar completamente esse sistema e ainda hoje o racionamento não chega a todas as áreas do país, motivo pelo qual a alimentação de boa parte dos cidadãos depende da ajuda externa.

O PMA tem como objetivo ajudar 2,4 milhões de mulheres e crianças consideradas como a população mais vulnerável, assim como famílias necessitadas nas regiões com maior insegurança alimentícia neste país de aproximadamente 25 milhões de habitantes.

No entanto, a agência assegura carecer de fundos suficientes para cumprir com esta meta e “precisa de mais doadores”, segundo indicou à Efe o diretor de seu escritório em Seul.

Por sua parte, o governo da Coreia do Sul anunciou na semana passada que o ano que vem elevará seu orçamento para assistência humanitária à Coreia do Norte em 81%, até US$ 75,03 milhões. EFE

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