Coreia do Norte testa seu primeiro míssil balístico submarino

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h28

Seul, 9 mai (EFE).- A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste de lançamento de um míssil balístico submarino sob a supervisão do líder máximo do país, Kim Jong-un, informou neste sábado a agência estatal “KCNA”.

O teste, que não teve data e localização divulgadas, revela que o regime norte-coreano desenvolveu a tecnologia necessária para disparar mísseis balísticos a partir de submarinos, segundo a “KCNA”.

Isso confirmaria as suspeitas de Seul e Washington, que tinham alertado desde o ano passado sobre a iniciativa de Pyongyang para equipar seus submarinos com sistemas de lançamento de mísseis balísticos.

O líder norte-coreano dirigiu pessoalmente o lançamento e expressou sua satisfação quando o teste foi concluído com sucesso, segundo a “KCNA”.

O míssil “se elevou rumo ao céu a partir das profundezas do oceano”, declarou Kim Jong-um, segundo a agência estatal.

Apesar de a localização exata do teste não ter sido divulgada, especialistas sul-coreanos disseram que poderia se tratar do litoral em frente à cidade de Sinpo, a nordeste de Pyongyang, já que Kim Jong-un se deslocou para o local no mesmo dia do lançamento.

Em fevereiro, o regime norte-coreano anunciou que havia realizado em um janeiro um lançamento de teste de uma plataforma de lançamento flutuante próxima do estaleiro dessa mesma cidade.

O teste serviu para simular a fase inicial de ejeção de um míssil através do tubo de lançamento de um submarino, disseram fontes militares sul-coreanas.

Norte e Sul permanecem tecnicamente em conflito desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício que até hoje não foi substituído por um tratado de paz definitivo.

A Coreia do Norte possui uma considerável superioridade numérica de submarinos em relação ao vizinho do sul, já que conta com 70 embarcações deste tipo, entre elas cerca de 20 de 1,8 mil toneladas.

A Coreia do Sul, por sua vez, possui atualmente quatro submarinos de 1,8 mil toneladas (aos quais se somarão mais cinco até 2019) e nove de 1,2 mil toneladas. EFE

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