Coreia do Sul acredita que Norte deseja “abrir nova etapa” de entendimento

  • Por Agencia EFE
  • 08/10/2014 03h36
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Seul, 8 out (EFE).- O governo da Coreia do Sul afirmou nesta quarta-feira que o regime norte-coreano de Kim Jong-un mostra uma atitude “ativa” para “abrir uma nova etapa” de entendimento nas sempre complicadas relações bilaterais.

“A Coreia do Norte tratou de demonstrar sua atitude ativa para melhorar as relações” com a inesperada visita de altas autoridades do regime à Coreia do Sul no fim de semana, indicou o Ministério da Unificação em um relatório apresentado à Assembleia Nacional (parlamento).

O “número dois” do regime, Hwang Pyong-so, vice-presidente da Comissão de Nacional de Defesa (CND), assistiram no sábado os Jogos Asiáticos de Incheon junto a Choe Ryong-hae, secretário do Partido dos Trabalhadores, e Kim Yang-gon, diretor do Departamento da Frente Unida.

Na visita sem precedentes, que cujo aviso foi feito com apenas um dia de antecedência, as autoridades norte-coreanas se reuniram com ministros do Sul, o que Seul já classificou como um “ponto de partida” para resolver problemas pendentes.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Unificação foi um passo além e avaliou que a Coreia do Norte enviou a delegação com o objetivo de “abrir uma nova etapa” nas relações bilaterais. De fato, ambas as partes acordaram em Incheon realizar conversas de alto nível entre finais de outubro e novembro.

No relatório apresentado aos deputados, a Unificação também analisou alguns aspectos da política e da economia norte-coreanas, como as aparentes tentativas de romper o isolamento e reconstruir laços com o exterior nos últimos meses.

Seul acredita que o regime de Kim Jong-un “não alcançou grandes resultados quanto às relações exteriores” apesar de sua maior abertura diplomática e diversas tentativas de captar investimentos e turismo para sair da constante crise econômica que sofre desde os anos 1990.

O Ministério sul-coreano apontou no relatório que “ainda existem barreiras fundamentais para a recuperação econômica” no país comunista, como o uso ineficiente dos recursos e os obstáculos ao investimento estrangeiro, em parte pelas sanções internacionais impostas após seus testes nucleares e de mísseis.

Além disso, no relatório é reconhecido que o governo totalitário da Coreia do Norte é hoje mais flexível com as mudanças sociais, como a difusão do uso de móveis e mudanças estéticas na moda, embora tenha endurecido suas medidas contra as deserções e a entrada de conteúdos estrangeiros. EFE

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