Coreia do Sul anuncia operação para retirar balsa Sewol do fundo do mar
Seul, 22 abr (EFE).- O governo da Coreia do Sul confirmou nesta quarta-feira uma operação para retirar do fundo do mar a balsa Sewol, que naufragou no litoral sudoeste do país há um ano, em uma operação que começará em setembro deste ano e pode levar até 18 meses para ser concluída.
“O governo promoverá o começo dos trabalhos de campo em setembro, incluindo a aquisição de equipamentos e a instalação de um acampamento base no oceano”, indicou o ministro da Segurança Pública, Park In-yong, após confirmar a aprovação da solicitação apresentada pelo Ministério de Oceanos e Pesca da Coreia do Sul.
O preço estimado da operação é de 120,5 trilhões de wons (US$ 111 milhões), de acordo com cálculos do governo.
A balsa Sewol naufragou no dia 16 de abril de 2014, deixando um total de 304 vítimas, das quais nove corpos ainda não foram resgatados pelas autoridades.
O ministro afirmou hoje que a prioridade da operação será a busca dos corpos dos desaparecidos, o que requer um cuidado especial com os danos que podem ser causados no casco da embarcação para que eles não se extraviem do interior da balsa.
Os familiares das vítimas pressionaram o governo nos últimos meses para que a balsa fosse retirada do mar.
Acredita-se também que a recuperação do Sewol poderá fornecer novas informações sobre o acidente, a maior tragédia humana em décadas na Coreia do Sul e que manteve o país durante meses em um estado de luto e comoção.
A balsa naufragou após apresentar erros em sua estrutura e levar mais do que o dobro da carga permitida. Também foram detectados equívocos de funcionários do governo no acidente, segundo a investigação oficial, que ainda apontou problemas no processo de evacuação que impediram o resgate de várias vítimas.
Tanto o capitão do Sewol, os outros 14 membros da tripulação, os diretores da empresa responsável pela embarcação e funcionários públicos foram condenados no final do ano passado a diversas penas de prisão pelas irregularidades que provocaram a tragédia. EFE
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