Coreia do Sul não conclui resgate de balsa naufragada no tempo previsto

  • Por Agência EFE
  • 10/05/2014 02h52

As operações de resgate da balsa naufragada na Coreia do Sul tiveram que ser suspensas neste sábado pelo mau tempo, o que impedirá o cumprimento do objetivo do governo de acabar ainda neste fim de semana com os trabalhos de recuperação dos 29 corpos que permanecem desaparecidos.

As autoridades de Seul explicaram que os fortes ventos e as ondulações de até dois metros, condições que devem permanecer até a segunda-feira, impossibilitaram o envio hoje de mais mergulhadores para o interior do navio.

A balsa Sewol afundou nas águas do Mar Amarelo no dia 16 de abril com 476 passageiros a bordo dos quais apenas 172 foram resgatados com vida.

Os serviços de resgate ampliaram nesta semana as buscas para as dependências do navio que ainda não haviam sido exploradas, como alguns quartos, salas de karaokê, um dos refeitórios e uma sala de estar.

Segundo os relatos dos mergulhadores, o interior da balsa está começando a ser deteriorado pela água, o que torna ainda mais difícil a recuperação de corpos.

O número oficial de mortes confirmadas pelo naufrágio chega a 275, enquanto 29 passageiros permanecem desaparecidos.

O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Hong-won, estabeleceu durante a semana que os trabalhos de recuperação deveriam ser concluídos até este sábado.

O governo de Seul recebeu duras críticas pelo gerenciamento do naufrágio o que forçou a renúncia do primeiro-ministro anterior no último dia 27.

Os trabalhos de resgate feitos por mergulhadores da Marinha, da Guarda Costeira da Coreia do Sul e de empresas particulares enfrentam muitas dificuldades, principalmente pelas condições climáticas da região.

Na última terça-feira, um dos socorristas que participava dos trabalhos de resgate morreu após perder a consciência durante um mergulho.

O naufrágio do Sewol é uma das maiores tragédias da história da Coreia do Sul, pois não há mais possibilidades de se encontrar sobreviventes, o que situa o número total de mortos em 304, a maioria adolescentes com 16 e 17 anos que realizavam uma viagem escolar.

À espera dos resultados definitivos da investigação, acredita-se que a balsa afundou após uma manobra brusca que deslocou a carga excessiva que transportava para um dos lados, o que desestabilizou a embarcação.

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