Coreias chegam a acordo para reunir famílias separadas pela guerra

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2014 07h02

Seul, 5 fev (EFE).- Os representantes das Coreias do Sul e do Norte chegaram nesta quarta-feira a um acordo para que sejam realizadas as reuniões das famílias separadas pela guerra entre os dias 20 e 25 de fevereiro, depois de mais de três anos do último encontro.

Delegados da Cruz Vermelha dos dois países, que se reuniram hoje na aldeia fronteiriça de Panmunjom, chegaram a um acordo para realizar os encontros durante esses seis dias em um complexo hoteleiro do monte Kumgang, situado em território norte-coreano, declarou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

A porta-voz explicou que o governo sul-coreano divulgará em breve mais detalhes sobre o acordo para a retomada dos encontros humanitários, cuja última edição aconteceu no final de 2010.

A nova tentativa de recuperar as reuniões entre os parentes dos dois países, que estão há mais de seis décadas separados pela Guerra da Coreia (1950-53), acontece depois que nas últimas semanas o governo de Pyongyang convidou Seul para iniciar uma nova etapa de aproximação.

Como resposta, a Coreia do Sul propôs oficialmente ao Norte a volta desses encontros, considerados urgentes devido à idade avançada dos participantes.

Dezenas de milhares de coreanos não puderam retomar o contato com seus familiares do outro lado da fronteira desde que a guerra dividiu a península coreana entre o Sul capitalista e o Norte comunista.

Os dois países realizaram seu primeiro evento de reunificação das famílias em 1985, mas até o ano 2000 não houve um segundo encontro.

Desde então, até o ano de 2010 foram feitas 18 reuniões que permitiram que mais de 3,8 mil cidadãos voltassem a se reunir por um curto período com seus parentes após décadas de separação.

Entre as pessoas que solicitaram participar dos reencontros familiares, 80% têm idade superior aos 70 anos, segundo Seul, e vários desses idosos morrem todos os anos sem poder reencontrar seus parentes do outro lado da fronteira. EFE

aaf/rpr

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