Coreias convocam reunião de alto nível para tratar sobre famílias separadas

  • Por Agencia EFE
  • 11/02/2014 10h22

Seul, 11 fev (EFE).- Os Governos da Coreia do Sul e da Coreia do Norte acordaram nesta terça-feira realizar a primeira reunião de alto nível em sete anos para abordar o histórico encontro de famílias separadas pela guerra, programado para o fim deste mês.

Representantes de ambas as partes se encontrarão na quarta-feira, às 10h (23h, em Brasília) no lado Sul da Aldeia da Tregua de Panmunjom, localizada na fronteira que separa o Norte e o Sul, detalhou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

Quem liderará a delegação sul-coreana é o secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional do Escritório Presidencial, Kim Hyun Kyou, enquanto a do Norte terá como líder Won Dong-yon, vice-diretor do Departamento da Frente Unida do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, revelou a porta-voz.

Trata-se da primeira reunião de alto nível entre os Governos das duas Coreias em sete anos, já que o último encontro deste tipo foi em 2007, indicou à Efe a representante de Unificação.

A fonte explicou, além disso, que no encontro de amanhã será realizada a proposta da Coreia do Norte, que no sábado passado formulou um pedido oficial no qual, além disso, solicitou ao Sul a assistência de pelo menos um representante de Cheongwadae (Casa Azul ou Casa Presidencial).

Quanto ao tema a tratar, falarão principalmente sobre a reunião de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53) que acontecerá no final de mês no complexo turístico do monte norte-coreano Kumgang.

Os representantes de Seul e Pyongyang “debaterão os procedimentos” necessários para organizar o próximo encontro e “buscarão modos de dar periodicidade” a estes eventos humanitários, segundo a porta-voz de Seul.

Na semana passada, as duas Coreias acordaram realizar uma próxima reunião na qual cem famílias do Norte e outras cem do Sul se reunirão de 20 a 25 de fevereiro com seus parentes do outro lado da fronteira após mais de seis décadas de separação.

Se o processo de fato for realizado, será o 19° reencontro de famílias divididas coreanas desde 1985 e o primeiro em mais de três anos, desde outubro de 2010.

Quase 130 mil sul-coreanos solicitaram participar dos eventos nas últimas três décadas, embora só estão vivos hoje em dia cerca de 71 mil, dos quais oito de cada dez têm mais de 70 anos, segundo dados do Ministério da Unificação.

Dezenas de milhares de coreanos não puderam retomar o contato com seus parentes do outro lado da fronteira desde que a Guerra confirmou a divisão em duas da península coreana entre o Sul capitalista e o Norte comunista. EFE

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