Corina Machado diz que diálogo é “indispensável” na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 15/04/2014 09h45

Estrasburgo (França), 15 abr (EFE).- Maria Corina Machado, que teve seu mandado no parlamento da Venezuela cassado, disse nesta terça-feira que é “indispensável” o diálogo em seu país, mas que o governo de Nicolás Maduro “não acredita” em conversas e além disso “fechou todos os meios para a sociedade se expressar”.

Corina Machado concedeu entrevista coletiva após comparecer ontem à noite na comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu.

A opositora afirmou aos jornalistas em entrevista coletiva que não tem “nenhuma dúvida” de que a repressão aplicada, em sua opinião por Maduro, “é uma ordem que vem de Havana”.

“Há um objetivo de dividir as forças democráticas na Venezuela que sai diretamente de Cuba”, afirmou a opositora.

Corina Machado afirmou que contra a repressão “é fundamental que as forças democráticas permaneçam unidas”.

“Os dirigentes estudantis, os sindicatos, as organizações locais, toda a sociedade civil está unida e é assim que poderemos fazer frente à ameaça a nossa democracia”, disse.

Machado considerou que “todos os setores democratas, de Henrique Capriles a Antonio Ledesma, apoiam as manifestações pacíficas”, assim como “manter a solidariedade internacional”.

Em seu comparecimento na Eurocâmara, Corina Machado pediu o envio de uma delegação de eurodeputados à Venezuela “para ver de primeira mão a repressão de Nicolás Maduro”.

A opositora, que relatou a situação “dolorosa” que vive a classe média venezuelana, assinalou que desde as manifestações de fevereiro “a perseguição e as torturas se intensificaram contra os ativistas pacíficos”.

Corina Machado denunciou que na Venezuela “não existe a separação de poderes nem liberdade de expressão”.

“Como se chama um regime assim? É uma ditadura”, criticou. EFE

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