Correa afirma que greve nacional fracassou e “triunfou a democracia”
Quito, 13 ago (EFE).- O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta quinta-feira que em seu país “triunfou a democracia”, após o protesto indígena e sindical realizado hoje, que terminou com feridos e detenções.
Durante um comício político na Praça da Independência, onde se encontra a sede do governo e que foi ocupada por milhares de seus simpatizantes, Correa disse que a greve nacional convocada contra seu governo “fracassou”.
O presidente equatoriano voltou a denunciar que por trás do protesto há supostos interesses desestabilizadores de grupos poderosos do país, supostamente articulados a uma estratégia internacional para menosprezar os governos progressistas da América Latina.
Embora vários dirigentes indígenas e sindicais tenham negado tais afãs desestabilizadores, Correa observou que na jornada de protesto de hoje estiveram presentes, além dos grupos populares, setores da direita opositora.
“Hoje se juntaram todos os possíveis e não conseguiram absolutamente nada. Receberam apenas o repúdio de toda a Pátria Grande”, declarou o presidente sobre o respaldo que recebeu de outros governos como os de Venezuela e Bolívia.
Por isso, Correa insistiu que “novamente triunfou a democracia”, porque o país, segundo o governante, “nem sentiu” a greve convocada pelos sindicatos, exceto por alguns cortes de estradas registrados em poucas regiões do país.
“Novamente fracassaram e seguirão fracassando porque não têm o apoio popular”, acrescentou Correa, ressaltando que, se os grupos opostos querem tirá-lo do poder, existe a via constitucional de coletar assinaturas para convocar um referendo revogatório.
O presidente equatoriano assegurou ainda que, nesse eventual cenário, voltaria a ganhar da oposição nas urnas e disse que por essa razão que aos críticos “só resta a violência”. EFE
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