Corregedoria da PM abre inquérito e ouve 32 policiais que atenderam a chamados de chacinas em Osasco e Barueri
A Corregedoria da PM ouve nesta terça-feira (18) 32 policiais que atenderam aos chamados das chacinas que deixaram 18 mortos e seis feridos na última quinta (13) em Osasco e Barueri.
O órgão que investiga atuações policiais abriu inquérito para apurar o caso nesta segunda (17) e explica que os oficiais que serão ouvidos nesta tarde não se tratam de suspeitos, mas de PMs de Osasco e Barueri que trabalharam no atendimento das ocorrências e na preservação das cenas dos crimes na semana passada. A Corregedoria ainda não tem suspeitos de terem participado da chacina e espera que os depoimentos ajudem na investigação.
Antes de abrir inquérito, a Corregedoria estava apenas trabalhando em regime de colaboração com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, o DHPP, da Polícia Civil. Agora, o órgão faz sua própria investigação.
A polícia praticamente descartou linha de investigação que aponta para o tráfico de drogas e concentra forças na hipótese de vingança na chacina de Osasco. Testemunhas foram ouvidas ao longo do fim de semana e também nesta segunda-feira no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
As apurações possibilitaram identificar a atuação de três grupos distintos nos crimes realizados entre a quinta (13) e a sexta-feira da semana passada. O secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirma que é possível que os grupos de Osasco tenham atuado em conjunto.
Dezoito pessoas morreram e outras seis ficaram feridas na série de ataques num período de três horas na semana passada em Osasco e Barueri. Informações que levem à prisão dos envolvidos na chacina podem render recompensa de até R$ 50 mil reais, a maior oferecida no estado de São Paulo até hoje.
O sigilo é garantido e esses dados devem ser repassados por meio do site www.webdenuncia.org.br. O governador de São Paulo. Geraldo Alckmin, ressaltou que as denúncias devem ser feitas apenas pela internet e não pelo pelo telefone 181.
A hipótese mais forte aponta para as chacinas como atos de vingança contra a morte de um PM em Osasco e de um guarda civil em Barueri. O Ministério Público acompanha o caso com promotores do grupo que investiga crime organizado e da equipe que acompanha a atividade policial.
Informações do repórter Jovem Pan Tiago Muniz
Publicado às 7h34; Atualizado às 11h15
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