Corregedoria investiga 19 suspeitos de envolvimento em chacina em SP; 18 são PMs

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2015 08h40
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OSASCO, SP - 14.08.2015: VIOLÊNCIA-SP - Bar na rua Antônio Benedito Ferreira, no bairro Munhoz Junior, em Osasco, onde por volta das 20h30 uma chacina deixou dez mortos. A noite mais violenta do ano na Grande São Paulo deixou ao menos 20 pessoas mortas e sete feridos em Osasco e Barueri, em um intervalo de aproximadamente duas horas e meia, na noite desta quinta-feira (13). Na maioria dos casos as ações foram semelhantes, homens encapuzados estacionaram um carro, desembarcaram e dispararam vários tiros contra as vítimas. Em alguns locais dos crimes, testemunhas disseram que os assassinos perguntavam por antecedentes criminais, o que definia vida ou morte das pessoas. (Foto: Avener Prado/Folhapress) Avener Prado/Folhapress Chacina

A Corregedoria da Polícia Militar investiga 19 suspeitos de envolvimento nos assassinatos ocorridos em Osasco e Barueri no dia 13 de agosto. Segundo informou o SPTV, jornal da Rede Globo, neste sábado (22), 18 dos investigados são policiais militares. Os ataques nos municípios paulistas deixaram 18 mortos e seis pessoas feridas.

Dois cabos, cinco sargentos e 11 soldados são investigados. Os policiais suspeitos moram em Osasco, Barueri, São Paulo e Sorocaba. Além dos 18 envolvidos, o marido de uma policial militar também está entre os suspeitos.

Foram expedidos mandados de busca e apreensão contra os 19 suspeitos e a polícia está em busca de provas como armas, celulares e computadores.

Duas vítimas que sobreviveram a um dos ataques falaram à Corregedoria. Em depoimento, as vítimas disseram ter visto um carro da PM acompanhando o veículo prata em que estavam os atiradores que agoram em Osasco. Segundo as testemunhas, os PMs davam risadas dentro do carro.

Segundo a Corregedoria, ficou demonstrado por meio de ocorrências que se trata de um grupo organizado com clara intenção de vingança. O fato significa que pode se tratar de um grupo de extermínio que atua na região.

Durante a investigação da chacina, a Corregedoria ouviu 54 policias militares que atuam nas regiões dos crimes. A Corregedoria estranhou que sete policiais da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) foram liberados do serviço às 23h em vez de irem aos locais da chacina. Todos saíram e foram para o mesmo bar.

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