Corte no orçamento pode prejudicar combate ao contrabando nas fronteiras
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O corte no orçamento de quase R$ 70 bilhões, anunciado pelo Governo Federal, tem reflexo nas ações de fronteira do Exército. De acordo com a corporação, o repasse encolheu em 14,5% em 2015.
O orçamento do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras foi reduzido de R$ 1 bilhão para R$ 285 milhões somente neste ano.
Para o presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Vismona, a vulnerabilidade territorial interfere na violência. (Ouça os detalhes no áudio acima)
Edson Vismona também destaca que a sonegação de impostos resultou em uma perda de R$ 100 bilhões ao Brasil. Para ele, o impacto é ainda pior, pois provoca prejuízos como a falta de geração de empregos e desestímulo da indústria.
Já o presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando, Efraim Filho, acredita que o governo federal comete um erro. Em entrevista a Mariana Grilli, ele defende que segurança nas fronteiras não deveria passar por contigenciamento de gastos.
Em 2014, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff a lei 13.008, que endurece a penalização aos contrabandistas.
O próximo passo, para o deputado Efraim Filho, do Democratas da Paraíba, é se dedicar a soluções mais rápidas por parte do Legislativo.
Em recente pesquisa divulgada pelo Datafolha, os brasileiros acreditam, justamente, que o combate ao contrabando está no controle das fronteiras.
Porém, um entre cada três entrevistados admitiu já ter comprados produtos piratas.
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