Costa Rica abre cúpula da Celac com defesa a unidade e pluralidade
Belém (Costa Rica), 28 jan (EFE).- O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, inaugurou nesta quarta-feira a III Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) com uma defesa da unidade da região respeitando a pluralidade e a diversidade e uma chamada para derrotar juntos a fome e a miséria.
Em seu discurso de inauguração da reunião, realizado na cidade de Belém, a cerca de 15 quilômetros de San José, Solís lembrou que “a região se caracterizou por essa busca utópica e constante da unidade em relação à nossa própria incapacidade de concretizá-la”.
“Só o tempo nos permitiu compreender que é no respeito à nossa própria diversidade e pluralidade, que é principalmente na profusão de experiências nacionais e regionais, onde encontramos finalmente a unidade que tanto queríamos”, considerou.
O presidente costarriquenho ressaltou que atualmente a prioridade da Celac deve ser “garantir a sustentabilidade das políticas públicas que, nos próximos anos, conduzam finalmente à derrota da fome e da miséria na região”.
Solís explicou que durante o ano que seu país esteve à frente da Celac, “a comunidade avançou em sua consolidação orgânica, em seu afinamento conceitual e decantação metodológica”.
“Fortalecemos também a dimensão multilateral da Celac ao procurar apostar na execução de modalidades de coordenação com as instituições regionais e sub-regionais, assim como com países e instâncias extra regionais”.
Isso foi evidenciado “pelo lançamento do fórum com a República Popular da China” e o que será estabelecido em breve pela Celac com a União Europeia (UE) e outros atores globais”.
A cúpula, que durará dois dias, será realizada sob o lema “Construindo Juntos” e com o principal objetivo de projetar uma estratégia regional contra a pobreza extrema.
Segundo a informação oficial divulgada, estão presentes 21 dos presidentes ou chefes do governo dos 33 países-membros.
Os países que enviaram outros representantes foram Paraguai, Suriname, Santa Lúcia, Argentina, o Belize, São Cristóvão e Névis, Barbados, República Dominicana, São Vicente e Granadinas, Granada, México e Peru.
A reunião ocorre em meio a extremas medidas de segurança e do total isolamento de jornalistas, em um reduto, que são submetidos a um rigoroso controle de registro e só podem presenciar o transcorrer da cúpula por imagens de televisão.
A Costa Rica destinou um orçamento de aproximadamente US$ 4,3 milhões para organizar esta cúpula, que convocou milhares de jornalistas de diversos países e pessoas que integram as diferentes delegações dos países e organismos participantes. EFE
av/vnm
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