Crescente de água nos reservatórios deve se inverter neste outono, segundo meteorologista do CGE
Vista da represa Jaguari-Jacareí
CantareiraOs mananciais de São Paulo já começam a sentir a falta de chuva. O Alto Tietê teve queda de volume, de 23,1% para 23%. A Guarapiranga ficou estável nas últimas 24 horas. O reservatório da zona sul de São Paulo permanece em 85%.
O Sistema Cantareira, pelo menos, subiu de 18,2% para 18,4%. A alta é a vigésima primeira consecutiva nas represas. A chuva de março supera, até o momento, a média histórica no mês em 6,6%. O Cantareira ainda opera com a primeira cota do volume morto.
Em entrevista a Thiago Uberreich, o meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), Thomas Garcia disse que com a chegada do outono e do inverno, as chances de precipitações diminuem. “Neste fim de março ainda esperamos uma frente fria que vai trazer mais chuvas para São Paulo”, explicou.
Ele ainda afirmou que, nos próximos três dias, ainda há condições de chuvas, com potencial de formação de alagamentos: “não é necessariamente tão intensa e concentrada, mas deve atingir toda a cidade e os mananciais”.
Sobre um possível aumento no nível dos reservatórios, Garcia esclareceu que seriam necessárias condições de chuva acima da média do período para que se estabelecesse uma melhora. “Sabemos que no decorrer da estação [outono e inverno, posteriormente], inevitavelmente os mananciais terão cada vez menos água. Essa crescente de água deve se inverter no decorrer da estação”.
Em comunicado ao mercado financeiro, a Sabesp afirmou que caso a seca persista será obrigada a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio.
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