Criação de empregos formais em setembro foi a pior em 13 anos

  • Por Agencia EFE
  • 15/10/2014 18h33

Rio de Janeiro, 15 out (EFE).- O Brasil gerou em setembro 123.785 novos postos formais de trabalho, o menor número para esse mês nos últimos 13 anos, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.

O número de vagas com carteira assinada criadas no mês passado caiu 41,35% em relação ao mesmo período de 2013 (211.068), e não era tão baixo para um setembro desde os 80.028 empregos gerados em 2001.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos primeiros nove meses do ano foram gerados 904.913 novos empregos formais, com uma redução de 31,6% frente ao mesmo período de 2013 e o menor número para este período desde 2004.

Apesar da desaceleração da capacidade do país de criar novos postos, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, destacou que o Brasil continua gerando empregos e reafirmou a meta do governo de terminar o ano com pouco mais de um milhão de novos empregos formais oferecidos.

“Os números são positivos. É a prova que a economia como um todo está marchando bem”, disse.

Dias lembrou que, enquanto o desemprego cresceu na maioria dos países afetados pela crise internacional, o Brasil conseguiu manter os empregos e gerar novas oportunidades de trabalho.

“Segundo os cálculos do Banco Mundial, há 100 milhões de desempregados na zona do euro e o mundo desempregou 900 milhões de trabalhadores pela crise”, comentou.

O ministro disse também que o Brasil está vivendo uma etapa de “pleno emprego” e que se gerasse 200 mil postos de trabalho por mês não teria trabalhadores suficientes para atender essa oferta.

“A tendência natural é que, a cada ano, vá diminuir a necessidade de novos empregos. Geramos 22 milhões de novos empregos em dez anos. Isso vai suprindo a demanda e as necessidades”, afirmou.

Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil ficou em agosto em 5% da população economicamente ativa, a menor para este mês nos últimos 13 anos, mas as dificuldades que assolam a economia do país levaram muitos analistas a advertir que o desemprego pode aumentar nos próximos meses.

Os analistas do mercado financeiro preveem que a economia só crescerá 0,28% este ano, com uma forte desaceleração em relação aos últimos anos. EFE

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