Crimeia fecha espaço aéreo para voos comerciais de outras partes da Ucrânia
Kiev, 12 mar (EFE).- A rebelde república ucraniana da Crimeia fechou de hoje até 18 de março seu espaço aéreo para todos os voos comerciais procedentes de outras partes da Ucrânia para evitar provocações durante o referendo sobre a reunificação da região à Rússia, que será realizado no domingo.
“Por motivos de segurança, o espaço aéreo da Crimeia estará fechado durante a realização do referendo. Depois de 17 de março, o aeroporto de Simferopol operará os voos com normalidade”, anunciou em seu Twitter o chefe do autoproclamado governo da Crimeia, Sergei Axionov.
O líder argumentou que o fechamento parcial do espaço aéreo foi tomado para se “evitar a chegada de provocadores”.
As Linhas Aéreas Internacionais da Ucrânia (AIU) confirmaram hoje o cancelamento de todos seus voos entre Kiev e a capital da Crimeia programados entre hoje e 17 de março.
“As medidas do aeroporto de Simferopol prejudicam centenas de passageiros, ucranianos e estrangeiros. A suspensão da conexão aérea danifica a imagem da Ucrânia e da Crimeia, ocasiona perdas econômicas para a AIU e ao próprio aeroporto de Simferopol”, lamentou o diretor da companhia, Sergei Fomenko.
O aeroporto de Simferopol recebe hoje unicamente voos procedentes de Moscou, segundo a imprensa local.
O Parlamento da Crimeia aprovou ontem uma declaração de independência da Ucrânia e reiterou seu desejo de se incorporar à Rússia.
A resolução diz que a independência da Crimeia deverá ser referendada pela consulta popular convocada para domingo e declarada ilegal pelo governo central da Ucrânia.
Os crimeanos foram convocados às urnas para responder a duas perguntas: “Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da Federação Russa?” e “Você é a favor que se volte a pôr em vigor a Constituição da Crimeia de 1992 e do status da Crimeia como parte da Ucrânia?”.
A Crimeia é uma península banhada pelo Mar Negro de dois milhões de habitantes, dos quais 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros. EFE
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