Crise na Argentina afeta produção de veículos no Brasil
A crise argentina e a queda nas vendas internas geraram redução na produção de veículos no Brasil. Algumas montadoras já adotam férias coletivas ou suspensão do contrato de trabalho para adequação à nova realidade do mercado.
As exportações caíram 32% no primeiro trimestre de 2014, num reflexo das restrições impostas pelo país vizinho, principal mercado brasileiro.
As vendas internas de carros registram queda de 2% nas vendas e a produção recuou 8,4% nos primeiros 3 meses do ano.
O presidente da Anfavea acredita num entendimento, esta semana, entre os governos do Brasil e Argentina, com a inclusão de linhas de crédito ao país.
Em entrevista a Marcelo Mattos, Luiz Moan ainda aposta em crescimento de 1% na produção no mercado interno em 2014.
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No mercado interno, o ano começou com a elevação do IPI, e a obrigatoriedade dos freios ABS e Air Bag, que elevaram o preços dos carros.
A Anfavea descarta, nesse momento, uma negociação com o governo federal pelo não repasse de mais aumento do IPI no segundo semestre.
Em relação às máquinas agrícolas, o primeiro trimestre fechou com queda de 13% na produção.
O diretor da CNH, uma das maiores produtoras de máquinas no Brasil, Milton Rego, avaliou o impacto da crise argentina.
A Argentina representa 70% das exportações brasileiras de automóveis, caminhões e máquinas agrícolas.
Pela primeira vez, a Anfavea manifestou preocupação com o volume de estoques nas revendas, subiu de 37 dias, em fevereiro, para 48 dias em março.
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