Crise na Venezuela se aprofunda após Maduro declarar estado de emergência

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/05/2016 11h35
EFE/HUMBERTO MATHEUS Pessoas em frente a padaria após saque em Maracaibo

Manifestantes a favor e contra o governo da Venezuela foram às ruas depois que o presidente Nicolás Maduro declarou o país em estado de emergência, neste final de semana, em meio à profunda crise do país sul-americano.

O governo culpou as severas secas pelas quedas de energia em toda a Venezuela, o que levou a uma redução das importações e, consequentemente, uma escassez de oferta ainda pior. Em seu último movimento, Maduro ordenou demonstrações militares em caso de uma invasão estrangeira e ameaçou confiscar fábricas fechadas

Cerca de 70% dos venezuelanos dizem que Maduro, o sucessor escolhido à mão do ex-presidente Hugo Chávez, deve deixar o poder, mas seu vice-presidente negou que ele teria que enfrentar um referendo. Com pouco de sorte, até agora, forças de oposição têm tentado forçar o bolivariano a renunciar, embora eles dizem que coletaram assinaturas suficientes para iniciar o processo de referendo que pode anular seu mandato.

No entanto, parece difícil de acreditar que as coisas possam continuar como estão. A queda do preço do petróleo tem penalizado severamente a economia, que caiu de 5,7% em 2015 e está previsto para afundar ainda mais este ano, apesar de uma recente recuperação do petróleo. Com a inflação em cerca de 180%, o poder de compra da venezuelana foi dizimado e muitos têm que esperar em longas filas para conseguir alimentos e medicamentos básicos, que, muitas vezes, estão em falta.

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