Crise nacional compromete 23 mil empregos em Pernambuco

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2015 16h04

Governador de Pernambuco Aluisio Moreira/SEI Paulo Câmara

O estado nordestino, que há pouco tempo era conhecido como um grande canteiro de obras pelas construções em andamento em seu território, também vem sendo afetado pela crise ética, econômica e política atual. “Nós tivemos em janeiro e fevereiro deste ano cerca de 23 mil postos de trabalho que foram perdidos e uma grande parte deles vem da questão das refinarias”, afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, o político do PSB disse que as denúncias que envolvem as empreiteiras na Operação Lava Jato têm paralisado obras em todo o estado, entre elas a refinaria Abreu e Lima. “Temos um pouco mais de 20% da refinaria operando e ela já deveria estar pronta há muito tempo”, e completou que isso está gerando “uma desmobilização muito grande”.

Quanto à instabilidade econômica da União, o governador disse que Pernambuco tem sofrido principalmente com a falta de recurso para o combate à estiagem, que atinge a região pelo quarto ano seguido. “Isso exige um esforço muito grande: obras de estrutura hídrica, plano de convivência com a estiagem e necessita de obras para construção de poços e barragens”, disse ao pontuar as demandas mais urgentes de verba ao governo federal.

Esse quadro de incerteza na economia também acarreta na falta de investimento. “Os empreendimentos particulares continuam chegando, mas o problema é o clima de insegurança que as empresas não investem o que deveriam investir”, expôs. “A gente tem sentido aqui uma desaceleração econômica, as receitas têm caindo, estamos preocupados com o cenário fiscal e com a insegurança política do país”, adicionou.

A situação afeta também as obras de transposição do Rio São Francisco. “No ano passado tivemos retorno de alguns trechos, mas outros não estão andando, que envolvem algumas construtoras que estão denunciadas e que estão com dificuldade de fazer as obras”, e ressaltou a preocupação do governo estadual,  “uma obra que deveria estar pronta desde o final de 2010 é fundamental para a gente ter uma segurança hídrica maior no nosso estado, infelizmente está andando a passos muito lentos”.

Ouça entrevista completa no áudio acima.

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