Crise no setor imobiliário já aumenta desemprego no setor

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2015 08h32
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O mercado imobiliário sente o impacto das dificuldades para obtenção de crédito e crise provoca alta do desemprego no setor. O governo federal elevou os juros dos empréstimos e reduziu o teto dos financiamentos para 50% do valor do imóvel.

Com o mercado enfraquecido, é cada vez mais comum plantões de vendas vazios e maior tempo para negociação de novos e usados. O ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de São Paulo, Orlando Almeida, diz a Anderson Costa que o momento é preocupante. “Ainda mais numa época em que há uma preocupação para manter o emprego, alguém que tem recurso tem receio de disponibilizar esse recurso e depois ter falta de emprego”, avalia.

O advogado Márcio Bueno, especialista no mercado imobiliário e consultor Jovem Pan, diz que a crise atinge todas as etapas. “Quando as construtoras param de construir temos desemprego da mão de obra desqualificada e temos a indústria imobiliária que sofre”, pondera. Segundo o especialista, não há perspectiva de melhora e o momento só é bom para quem tem dinheiro para comprar.

O presidente do Creci São Paulo, José Augusto Viana Neto, conta que há queda inclusive na procura por cursos de formação de corretores de imóveis. “Nós tivemos uma redução na ordem de 50% comparado com o mesmo período do ano passado e o número de cancelamento de inscrição é 20% superior do que o do mesmo período do ano passado”, expõe.

De acordo com o Secovi, a expectativa de redução nas vendas para este ano varia entre 15% e 20%. Já o número de lançamentos de imóveis deve cair entre 23% e 25% em 2015.

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