Crise política e perspectivas ruins para economia levam Bovespa a renovar mínima

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/12/2016 11h21
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As ações preferenciais da Usiminas terminaram a sexta-feira (15) valendo R$ 0 Reprodução/Facebook Bovespa

A Bovespa perdeu o patamar dos 59 mil pontos logo na abertura do pregão desta sexta-feira (2). Ao renovar mínima e marcar 58.463 pontos (-1,75%), o Ibovespa perdeu o suporte dos 58.500 pontos, considerado importante por analistas gráficos. Segundo o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo, o novo suporte é dos 56 mil pontos. 

A depreciação “não tem apenas um estopim”, pois uma série de fatores estão levando a esse pessimismo, na avaliação de um operador de renda variável. O resultado da produção industrial, sobretudo o dado sobre bens de capital, soma-se à baixa taxa de investimento, conhecida na divulgação do PIB do terceiro trimestre, e demonstra, claramente, “que a recuperação da economia será muito mais difícil do que qualquer um poderia imaginar”. “Além disso, a crise política está corroendo a confiança dos agentes econômicos na força do governo para passar as reformas”, afirma. 

Na Bolsa, todas as blue chips estão em queda desde a abertura dos negócios, sendo que os papéis da Petrobras ainda sofrem pressão negativa com o petróleo em queda de mais de 1% em NY e em Londres. 

A Braskem, que pertence à Odebrecht, também cai. Um dia depois da assinatura do acordo de leniência e de delação premiada do grupo, a Braskem divulgou que está “em estágio avançado de negociação com autoridades competentes no Brasil e Estados Unidos”, segundo fato relevante. 

Às 10h46, o Ibovespa caía 1,92% aos 58.363,45 pontos.

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