Cristina Kirchner critica “colonialismo” na abertura do Museu das Malvinas

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2014 21h58

Buenos Aires, 10 jun (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou nesta terça-feira o “colonialismo militar britânico” durante a inauguração do Museu Malvinas e Ilhas do Atlântico Sul em Buenos Aires, em coincidência com a comemoração do dia da reafirmação de sua soberania sobre o arquipélago.

“Isto é uma construção histórica e coletiva e, fundamentalmente, um compromisso de não abandonar jamais a política de Estado de terminar com o último vestígio de colonialismo, como é o colonialismo inglês sobre nossas ilhas”, disse Cristina no ato de inauguração, transmitido em rede nacional.

A ocupação “militar” britânica das Malvinas é “uma das formas de colonialismo mais obsoletas” e “a Argentina é um país de paz”, acrescentou a presidente, acompanhada pelo secretário-geral da União Sul-Americana de Nações (Unasul), o venezuelano Alí Rodríguez, e o ministro da Defesa do Chile, Jorge Burgos.

O museu fica dentro do Espaço para a Memória e Direitos Humanos, que funciona no prédio que foi da Escola de Mecânica da Marinha (Esma) de Buenos Aires, onde operou o maior centro clandestino de detenção da última ditadura militar (1976-1983).

Segundo o Ministério de Cultura, o novo espaço tem “o claro propósito de prestar homenagem aos argentinos que entregaram suas vidas em defesa das ilhas, mas também de oferecer ao visitante informação sobre a fauna e a flora malvinenese, a proximidade geográfica e a extensão insulana das Malvinas como parte da topografia patagônica”.

O recinto abrirá suas portas ao público a partir do próximo sábado, e é o primeiro museu do Estado sobre as Malvinas cuja soberania confrontou Argentina e Reino Unido.

A Guerra das Malvinas começou em 2 de abril de 1982 com o desembarque de tropas argentinas no arquipélago e terminou em junho daquele ano com sua rendição perante as forças enviadas pelo Reino Unido, em um conflito no qual morreram 255 britânicos, três ilhéus e 649 argentinos. EFE

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