Cristina Kirchner defende denunciou “padrões duplos” em Crimea e Malvinas

  • Por Agencia EFE
  • 19/03/2014 13h23

Paris, 19 mar (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu nesta quarta-feira a integridade territorial da Ucrânia na polêmica pela Crimeia, mas reivindicou às potências ocidentais que não utilizem “padrões duplos” e apliquem o mesmo princípio às Malvinas, que “sempre pertenceram à Argentina”.

“Reivindicamos as potências que, quando se fala de integridade territorial, seja aplicável para todos, porque meu país sofre cerceamento territorial por parte do Reino Unido nas ilhas Malvinas”, declarou Cristina junto ao presidente francês, François Hollande, ao término de um encontro em Paris.

Ela reprovou, em particular, o Reino Unido e os Estados Unidos, que ao contrário do que fizeram com a Crimeia, se manifestaram a favor do referendo organizado nas Malvinas. Ela argumentou que o arquipélago, cuja soberania Argentina é disputa com os britânicos, é “uma colônia de ultramar a mais de 13 mil quilômetros de distância” de Londres.

A presidente argentina tomou a palavra após Hollande, que momentos antes tinha informado que ambos tinham coincidido nos “princípios” em sua análise sobre a crise da Ucrânia: a do direito internacional e o da integridade territorial”.

“É fundamental para preservar a paz no mundo (…) é não ter um padrões duplos na hora de tomar decisões”.

“Ou estamos de acordo com todas as integridades territoriais e com a soberania de todos os países (…), porque definitivamente as Malvinas sempre pertenceram à Argentina, (….) ou realmente vivemos em um mundo onde não há direito, onde não há respeito ao que dizemos, mas prima a relação do mais forte”, assinalou.

A presidente argentina disse que se “preocupa” com o que ocorre na Ucrânia e que, “como um país de paz”, a Argentina acredita que o caso com a Rússia “deve ser resolvido em um clima de negociação política e em um marco de paz”.

“Seria um paradoxo que agora que se completa o centenário da Primeira Guerra Mundial, a Europa e o mundo tenham que enfrentar situações de conflito armado”. EFE

ac/cdr

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