Cristina Kirchner quebra o silêncio e critica marcha em homenagem a Nisman

  • Por Agencia EFE
  • 21/02/2015 13h50
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Buenos Aires, 21 fev (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, quebrou seu silêncio neste sábado para questionar a grande marcha realizada na quarta-feira passada em homenagem ao falecido promotor Alberto Nisman, à qual qualificou de “batismo de fogo” de um “Partido Judicial” confrontado com o Executivo.

A governante publicou uma mensagem em seu site onde afirmou que a passeata, convocada por um grupo de promotores, “não foi um ato de homenagem a uma pessoa tragicamente falecida, com a óbvia exceção de seus parentes diretos”.

“O 18F (18 de fevereiro) não é a homenagem a um promotor, nem sequer uma reivindicação insólita por justiça, mas o batismo de fogo do Partido Judicial”, declarou a chefe de Estado argentina.

A governante argentina também questionou as críticas que recebeu nos últimos dias por não falar sobre o falecido promotor.

“É curioso que quando falo o que alguns não querem ouvir, um promotor exija que me cale, e quando não falo o que eles querem, reivindiquem que eu fale”, comentou.

Cristina também qualificou de “absurda e politicamente armado” o número de presentes à marcha divulgado pelos meios de comunicação argentinos, que calcularam a participação de 400.000 pessoas.

“Tanto no gestual como nas palavras e no ostensivamente visível, o 18F foi decididamente uma passeata opositora, convocada por promotores e apoiada por juízes e todo o arco político opositor”, acrescentou a presidente.

No último dia 18 de fevereiro, uma multidão marchou em Buenos Aires para reivindicar em silêncio o esclarecimento da morte do promotor Alberto Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra a associação mutual judaica Amia, que deixou 85 mortos, e que denunciou Cristina por supostamente acobertar os iranianos acusados do ataque.

A governante argentina tinha guardado silêncio e não tinha se pronunciado sobre a passeata, apesar de vários integrantes de seu governo terem condenado a mobilização por seu suposto viés opositor. EFE

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