Críticas ao novo currículo da Educação vêm até de ministro que propôs plataforma

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A principal polêmica na elaboração da Base Nacional Comum gira entorno da disciplina História, já que na proposta conduzida pelo Ministério da Educação há pouca ou nenhuma ênfase na História Europeia, que inclui temas como o estudo da Grécia e da Roma antiga, além das Revoluções Francesa e Industrial.

No lugar, há enfoques do passado brasileiro e africano. E em meio ao tiroteio, o Governo garante que não há viés ideológico em trocar a história do ocidente pela a da África.

Mas a plataforma é tão conflitante que até o ex-ministro Renato Janine Ribeiro, que apresentou a proposta no ano passado, já admitiu que a “falta de repertório básico” foi notada já na versão preliminar, mas não foi corrigida no texto que atualmente está aberto para consulta pública.

A consulta pública, que reune até agora 10 milhões de sugestões, segue até março, quando seu saldo será encaminhado ao Conselho Nacional de Educação.

A ideia é que tudo esteja pronto até junho; ou seja, 9 meses depois de começar um processo que deveria ser amplamente discutido e que em países de primeiro mundo chegou a durar 8 anos. A Associação Nacional dos Professores e Pesquisadores de História se reunirá com o MEC para pedir um prazo maior. Mas não há garantia de sucesso.

Ainda há contextações que incluem Portugues e Matemática, considerados base do ensino. No 1º ano, por exemplo, espera-se que o aluno conte até 30. Em Cuba e em praticamente em toda a Europa, é até 100. Nos EUA, até 120.

O MEC não respondeu ao contato da Jovem Pan, mas o secretário executivo Luiz Cláudio Costa já afirmou que não se pode desqualificar o processo. A proposta preliminar foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do Brasil.

A BNCC, Base Nacional Comum Curricular, é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil.

Com informações de Carolina Ercolin