Croácia e Eslovênia pensam em corredores para os refugiados até Áustria

  • Por Agencia EFE
  • 16/09/2015 10h19

Belgrado/Viena, 16 set (EFE).- Croácia e Eslovênia estão pensando em criar corredores humanitários até a Áustria para os refugiados do Oriente Médio que começaram nesta quarta-feira a atravessar a fronteira servo-croata após a Hungria fechar sua fronteira para os imigrantes.

“Falei com a ministra do Interior da Eslovênia. É necessário também organizarmos corredores”, disse na rede social Twitter o titular do Interior da Croácia, Ranko Ostojic.

Os grupos de refugiados entram na Croácia pelos campos nos arredores da passagem fronteiriça perto da cidade de Tovarnik e são acompanhados por agentes locais até a delegacia mais próxima.

Isso representa uma nova rota pela que os refugiados tentam alcançar Europa Ocidental, e que desde a Croácia levaria através da Eslovênia, um país da zona Schengen.

Enquanto isso, o governo austríaco anunciou hoje que o chanceler federal, Werner Faymann, viajará amanhã a Zagreb e Liubliana para se reunir com as cúpula do governo da Croácia e Eslovênia, respectivamente, com o objetivo de analisar a crise migratória.

A rota de imigrantes desviou após a Hungria fechar ontem sua fronteira com a Sérvia com uma alta cerca e leis draconianas para impedir a passagem de milhares de imigrantes por seu território.

Antes do meio-dia tinham entrado na Croácia já cerca de 180 refugiados e, segundo as estimativas das autoridades locais, é esperada a chegada hoje de outros 500.

Desde a cidade sérvia de Presevo, no extremo sul, fronteiriço com a Macedônia, os ônibus levam as pessoas diretamente a Sid, perto da fronteira, sem a necessidade de passar por Belgrado.

A Croácia informou nos dias passados que tem capacidade para dar cobertura a cerca de 3 mil refugiados em um primeiro momento nos centros de amparo e em diferentes instalações policiais.

Por sua vez, as autoridades eslovenas anunciaram na segunda-feira que têm lugar para mil pessoas, mas que poderiam aumentar suas capacidades com o tempo, embora seria um desafio enfrentar uma repentina e em massa chegada de refugiados. EFE

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