Croácia manterá bloqueio à Sérvia se enviar mais de 5.000 refugiados por dia

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2015 18h21
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Zagreb, 24 set (EFE).- O primeiro-ministro da Croácia, Zoran Milanovic, disse nesta quinta-feira que seu país pode receber como máximo a entre 4.000 e 5.000 refugiados diários desde Sérvia e que, se são mais, as autoridades croatas continuarão com o bloqueio de veículos sérvios na fronteira.

“Sérvia pode resolver isto hoje já. Muito simples e facilmente. Não vamos fechar as fronteiras para os refugiados. Mas podemos receber por dia entre 4.000 e 5.000. Recebemos em um dia 9.000, isso é demais”, disse em entrevista coletiva.

Por isso, solicitou à Sérvia que retenha temporariamente os refugiados em centros de apoio ou que envie parte para a Hungria.

Atualmente, a Croácia está derivando todos os refugiados que recebe (cerca de 45 mil desde semana passada) rumo a solo húngaro, de onde seguem o caminho em direção a Alemanha e Áustria.

“Não demos ultimatos, mas tenho o dever de proteger nossa segurança”, insistiu o primeiro-ministro, acrescentando que “se a Sérvia carece dos recursos necessários para uma resposta controlada, a Croácia está disposta a enviar tendas de campanha e ônibus”.

Disse que a Sérvia agora não oferece aos refugiados “limpeza sanitária nem controles”, mas, uma vez que os refugiados chegam sozinhos ao norte desse país, “organiza sua passagem em massa e sem controle para a Croácia”.

Também acusou à imprensa mais amarela e sensacionalista sérvia de mentir sobre a situação na fronteira e de criar histeria com titulares como “Milanovic é idiota” e “Bandidos ustachis (fascistas) nos impõem bloqueio”.

Milanovic disse que a Sérvia agiu mal ao introduzir à meia-noite passada um veto à passagem de mercadorias croatas, depois que ele anunciou ontem em Bruxelas que levantaria hoje o bloqueio que a Croácia impôs na segunda-feira os caminhões sérvios.

Em resposta ao bloqueio ordenado pela Sérvia, Croácia impede hoje a passagem a veículos com matrículas sérvias nas passagens fronteiriças de Bajakovo e Tovarnik, a exceção dos caminhões com mercadorias perecíveis. EFE

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