Crucificados de Itaipu em Assunção marcharão até congresso paraguaio
Assunção, 14 set (EFE).- Seis ex-funcionários da hidrelétrica Itaipu e a esposa de um ex-empregado, que nesta segunda-feira completam dois meses e meio crucificados em frente à embaixada brasileira em Assunção, caminharão na terça-feira até o Congresso paraguaio carregando suas cruzes para exigir direitos trabalhistas.
Os manifestantes se deslocarão até a sede do poder Legislativo, onde o diretor paraguaio da Itaipu, James Spalding, deve comparecer à Comissão de Direitos Humanos do Senado para responder a uma reivindicação feita pelos ex-funcionários da represa, conforme disse à Agência Efe Carlos González, porta-voz da Coordenadoria de Ex-Trabalhadores de Itaipu.
A reivindicação foi apresentada em relação a benefícios trabalhistas por antiguidade, periculosidade, deslocamento e outros conceitos, que os trabalhadores do lado brasileiro da represa receberam, mas não os paraguaios, que reclamam há décadas.
“A discriminação com relação aos brasileiros nos deu um grave prejuízo econômico. Além disso, a postura de Itaipu, que parece estar ausente diante de nossos pedidos, é uma espécie de tortura psicológica que violenta nossos direitos”, expressou González.
Os manifestantes são ex-trabalhadores e parentes de ex-funcionários da segunda maior hidrelétrica do mundo, Itaipu, compartilhada entre Brasil e Paraguai, que estão desde junho acampados em frente à embaixada do Brasil em Assunção.
Os manifestantes já tinham se instalado em frente à sede diplomática durante quase três meses no fim de 2014, quando cinco deles permaneceram crucificados por mais de 50 dias. O protesto foi abandonado em 29 de janeiro, após um pré-acordo com o governo.
No entanto, devido à falta de resposta às exigências nesse período, os manifestantes retomaram o acampamento em meados de junho e sete deles voltaram a se crucificar no mesmo local. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.