Cuba anuncia mudanças em ensino universitário para melhorar qualidade

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2015 14h39
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Havana, 8 set (EFE).- O Ministério da Educação Superior de Cuba (MES-Cuba) anunciou nesta terça-feira que irá fazer mudanças em seu sistema de ensino para melhorar “a qualidade, a igualdade e a pertinência”, e facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho.

Em texto publicado nos jornais oficiais “Granma” e “Juventud Rebelde”, o órgão revelou que entre as principais mudanças propostas para ano letivo 2016-2017 estão a criação de um novo nível de ensino, a diminuição da duração dos cursos e o estabelecimento do inglês como requisito para obter o diploma.

“Vamos submeter à aprovação do governo a oficialização desse sistema, para garantir a formação de um perfil amplo, a especialização superior e a superação de cada profissional de acordo com a área que lhe corresponde ocupar, o que até agora só acontece nas Ciências Médicas”, afirmou o ministro da Educação, Rodolfo Alarcón.

A criação de uma “Educação Superior não Universitária” também está pendente de aprovação e servirá para “enfrentar o fenômeno da subutilização da força de trabalho qualificada”. Estes programas não universitários, que terão duração de dois a três anos, foram pensados para aqueles que querem continuar na vida acadêmica ou que não foram aprovados nos exames de acesso.

De acordo com o ministro, já para o próximo ano letivo, a ideia é reduzir a duração dos cursos de cinco para quatro anos na “imensa maioria” das especialidades.

“Será um processo paulatino, de elaboração de novos programas e estudos e feito com rigor”, afirmou.

Outra modificação que será aplicada já no próximo período será a possibilidade de entrar para a universidade para os “Cursos por Encontros” e na modalidade “Educação a Distância” sem a necessidade de prova.

O titular anunciou ainda que o domínio do inglês será requisito “indispensável” para receber um título de graduado, mas que a medida entrará em vigor somente nos próximos anos, já que deverão ser “criadas às condições para aplicá-la”.

Segundo dados oficiais, 170 mil pessoas ingressaram em algum curso universitário no último dia 1 de setembro nos mais de 30 centros acadêmicos do Ministério da Educação Superior em toda a ilha. A educação universitária gratuita é uma das bandeiras da revolução cubana, embora há alguns anos a falta de professores e a baixa qualidade das aulas geraram preocupação no governo, já que os estudantes representam praticamente um quinto da população. EFE

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