Cuba aumentará salários de médicos da ilha e dos que trabalham no exterior

  • Por Agencia EFE
  • 21/03/2014 14h03

Havana, 21 mar (EFE).- Os salários dos médicos de Cuba aumentarão para mais do que o dobro a partir de junho, medida aprovada pelo governo do presidente Raúl Castro, que também prevê a elevação do rendimento dos profissionais do setor que trabalham no exterior, informou nesta sexta-feira a imprensa oficial do país.

Após o anúncio ontem da medida aprovada pelo Conselho de Ministros, que beneficiará 440 mil profissionais, a imprensa da ilha divulgou nesta sexta-feira detalhes do aumento para médicos, dentistas e enfermeiros, que oscilará entre 60% e 178% em alguns casos.

Apesar da elevação, os salários dos profissionais do setor seguirão muito abaixo do recebido por mesmas funções em outros países.

Segundo exemplos oferecidos pelo jornal “Granma”, o salário mais alto será o de médicos especialistas de segundo grau, que atualmente ganham por mês 627 pesos cubanos (US$ 26), e que a partir de junho receberão 1.600 pesos (R$ 67).

Os dentistas especialistas, que recebem um salário de 540 pesos mensais (R$ 22,5), receberão um aumento de 850 pesos e terão um salário de 1.390 pesos (R$ 58).

Em outros casos, como enfermeiros com diferentes níveis de especialização, o salário aumentará entre 67% e 90%.

O Conselho de Ministros decidiu também que os profissionais cubanos que trabalham no exterior manterão sua vaga e salário no país, e terão aumentos de bolsas e salários pagos em CUC (moeda forte equivalente ao dólar).

A decisão de aumentar os salários do setor “contribuirá para a estabilidade e qualidade dos serviços médicos fornecidos à população, assim como para cumprir com os compromissos internacionais”, segundo um comunicado oficial.

Atualmente, a exportação de serviços, incluídos médicos, constitui a principal fonte de divisas para Cuba.

Em 2014, Cuba prevê ganhar pelo envio para outros países de serviços de saúde mais de US$ 8,2 bilhões, o que representa 64% do total de vendas de serviços ao exterior.

No período 2010-2013, o setor da saúde da ilha foi alvo de um processo de reforma que acabou com 110 mil postos de trabalho, segundo dados divulgados hoje. EFE

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