Cuba celebra 60º aniversário do “irmão” Hugo Chávez e ressalta seu legado
Havana, 28 jul (EFE).- Cuba lembrou nesta segunda-feira com várias homenagens e atos os 60 anos do nascimento do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, para lembrar seu legado e a estreita amizade que o uniu com a ilha e com Fidel Castro.
O tributo começou com uma marcha na qual dezenas de jovens cubanos e latino-americanos percorreram com palavras de ordem e cartazes dedicados a Chávez (1954-2013) o quilômetro que vai do monumento a Simón Bolívar, na Avenida dos Presidentes, até a Universidade de Havana.
O desfile terminou perante uma placa que lembra a visita que Chávez realizou em 1994, durante sua primeira viagem à ilha, a esse centro universitário, onde ofereceu uma conferência na presença do então líder cubano, Fidel Castro.
O jornal “Granma”, porta-voz do governante Partido Comunista, publicou hoje um texto intitulado “60 anos de um irmão”, no qual lembra Chávez como “um dos líderes mais carismáticos e inteligentes” da região, “admirado por seus seguidores e respeitado por seus opositores”.
“Fez de um país sua vida”, destacou o jornal.
“Chávez vive”, titulou por sua parte a revista “Trabajadores”, em artigo que ressalta que o povo cubano “assumiu Chávez como irmão e companheiro de luta”.
Os meios de comunicação oficiais lembraram que o tributo a Chávez faz parte de uma jornada denominada “Sim, tenho um irmão”, que se estenderá até o próximo 13 de agosto para festejar, além disso, o 88º aniversário de Fidel Castro, assim como a amizade que uniu ambos líderes e países.
No leste da ilha, nesta segunda-feira come um peculiar recorrido chamado “De Sabaneta a Miraflores”, no qual um grupo de jovens fará a rota que separa os dois povoados cubanos que levam esses nomes, os mesmos que identificam a terra natal de Chávez e o palácio do governo de Caracas, respectivamente.
O trajeto, organizado pelo Movimento Juvenil Martiano, começará em uma demarcação denominada Sabaneta, na província de Guantánamo, e concluirá na cidade de Miraflores, em um município da província central de Ciego de Ávila.
Outro ato previsto hoje é a apresentação no Memorial José Martí da Praça da Revolução de Havana da edição cubana do livro “Hugo Chávez. Mi primera vida”, do jornalista espanhol Ignacio Ramonet.
Também faz parte da programação o espaço “Os amigos do Amigo”, um projeto que todo mês reúne personalidades e artistas de diferentes âmbitos para lembrar Chávez, e que tem sede na fortaleza colonial San Carlos da Cabana em Havana.
Durante os quase 14 anos do governo de Hugo Chávez, que morreu em 5 de março de 2013 por causa de um câncer pelo qual recebeu tratamento em Havana, a Venezuela se transformou no principal aliado político e econômico da ilha.
De fato, após sua morte, Fidel Castro afirmou que o governante venezuelano foi o “melhor amigo” que teve em seus anos como político ativo.
Os dois países assinaram no ano 2000 um convênio que foi se ampliando paulatinamente até abranger acordos de toda índole, incluído um pelo qual a ilha recebe 100 mil barris diários de petróleo, uma provisão vital para sua precária economia.
Cuba paga esse petróleo com os serviços que prestam na Venezuela mais de 45 mil médicos e técnicos de saúde, educação, esportes e assessores em diversos programas sociais. EFE
arj/rsd
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