Cuba diz que Primeiro Mundo monopoliza talentos com mobilidade de cérebros
Veracruz (México), 9 dez (EFE).- Cuba advertiu nesta terça-feira, durante a 24ª Cúpula Ibero-Americana, sobre os riscos da circulação de cérebros e do “Primeiro Mundo” monopolizr os talentos e o conhecimento.
“A pretensa livre circulação de cérebros atrai para o Primeiro Mundo grande parte de nosso capital humano, monopoliza o talento, torna exclusivo o conhecimento e continua reproduzindo o mesmo padrão de desequilíbrio na atividade científica”, disse o primeiro vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel na reunião em Veracruz.
A comunidade ibero-americana “não escapa a essa realidade”, acrescentou o número dois do governo cubano. Em seu discurso, Díaz-Canel transmitiu as saudações do presidente cubano, Raúl Castro, que nunca participou do encontro.
O vice-presidente cubano lembrou a presença de Fidel Castro na 1ª Cúpula de Guadalajara, em 1991, quando o ex-presidente cubano “reconheceu o valor da iniciativa de reunir os países latino-americanos sem ser convocados por Washington”.
Embora estas cúpulas tenham “proporcionado maior aproximação entre nossos governos”, Díaz-Canel ressaltou a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) “como espaço regional próprio que permite consolidar e projetar a identidade e soberania da região”.
O vice-presidente cubano elogiou a escolha da educação, inovação e cultura como eixos da cúpula por serem âmbitos onde “se expressam as enormes brechas econômicas e sociais que dividem desenvolvidos e subdesenvolvidos, ricos e pobres”.
“Nenhum esforço por estabelecer os fundamentos do desenvolvimento econômico e social será possível se não alcançar progressos consideráveis” nestes temas, destacou.
Díaz-Canel também ressaltou que Cuba cumpriu em sua totalidade com as metas dos Objetivos do Milênio, “apesar de existir um cenário hostil pelo criminoso bloqueio” que os Estados Unidos impõem à ilha. EFE
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