Cuba diz que sua soberania e ordenamento interno não são negociáveis

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 04h48

Havana, 2 fev (EFE).- A soberania e o ordenamento interno de Cuba “não são negociáveis” no processo de restabelecimento de relações com os Estados Unidos, afirmou a diretora para a América do Norte do Ministério das Relações Exteriores cubano, Josefina Vidal, em uma entrevista à televisão estatal divulgada nesta segunda-feira.

“As questões de ordem interna em Cuba não são negociáveis, como não são negociáveis para nenhum outro país. Não serão tratadas neste processo de negociação questões de caráter interno ou questões voltadas a promover mudanças em nosso ordenamento interno”, disse a funcionária cubana.

Josefina, que lidera a equipe de negociação de Cuba no diálogo com os Estados Unidos para a normalização de relações, acrescentou que, “fora isso, todo o resto, tudo aquilo que não atente contra a soberania de um Estado, pode fazer parte de um processo de negociação”.

Para ela, Cuba está focada em uma nova e “interessante” etapa iniciada com os Estados Unidos, com as “melhores intenções” e com “espírito construtivo”, mas consciente dos “desafios”, “dificuldades” e “diferenças” que separam os dois países.

“Estamos sendo bastante realistas em nosso enfoque. Vamos tentar avançar o máximo possível na solução dos problemas e, ao mesmo tempo, aproveitar da melhor maneira possível as oportunidades que eles podem nos apresentar”, afirmou a diplomata cubana.

Ao ser perguntada se está otimista ou pessimista com o processo, Josefina Vidal disse que está “em um meio termo”.

“Não posso dizer que estou totalmente otimista, porque há coisas que saem do meu controle, nem tudo é controlado pela parte cubana. São dois países, e do lado dos Estados Unidos há um governo, um Congresso, uma sociedade, um contexto político. Mas também não posso dizer que sou pessimista, caso contrário não haveríamos chegado ao ponto em que estamos”, opinou.

Sobre as novas medidas de Washington para suspender parcialmente o embargo à ilha, a diplomata acredita que estão caminhando na direção correta, mas são reduzidas, se for levado em conta que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem possibilidades executivas “ilimitadas” para esvaziar o conteúdo essencial do “bloqueio”, mas cabe ao Congresso “sepultar” definitivamente o embargo.

Também revelou que Cuba seguirá reivindicando na Assembleia das Nações Unidas o fim do bloqueio enquanto ele persistir.

Em relação às expectativas geradas pelo acordo dentro de Cuba, Josefina alertou que se trata de um processo em que “nem tudo terá uma solução no curto prazo” e lembrou que a primeira fase é a normalização de relações diplomáticas, que está sendo negociada neste momento.

Dentro dessa fase, se referiu à reivindicação dos Estados Unidos de eliminar as restrições que impedem a liberdade de movimento de seus diplomatas na ilha e lembrou que os funcionários cubanos em Washington também têm as mesmas limitações.

A diplomata disse que Cuba está disposta a discutir sobre essa liberdade de movimento, mas que os diplomatas americanos devem mudar de atitude em relação ao apoio e financiamento de “elementos dentro de nosso país que atuam contra os interesses do Estado, do governo e do povo cubano”, em referência à dissidência interna.

Lembrou que a Convenção de Viena estabelece claramente que os diplomatas têm que respeitar as leis do “Estado receptor” e defendeu a conduta “impecável” dos diplomatas cubanos que trabalham no Escritório de Interesses de Cuba em Washington.

Além disso, Josefina comentou que, após o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos, virá o processo “mais prolongado” para a “normalização” das relações bilaterais. EFE

A soberania e o ordenamento interno de Cuba “não são negociáveis” no processo de restabelecimento de relações com os Estados Unidos, afirmou a diretora para a América do Norte do Ministério das Relações Exteriores cubano, Josefina Vidal, em uma entrevista à televisão estatal divulgada nesta segunda-feira.

“As questões de ordem interna em Cuba não são negociáveis, como não são negociáveis para nenhum outro país. Não serão tratadas neste processo de negociação questões de caráter interno ou questões voltadas a promover mudanças em nosso ordenamento interno”, disse a funcionária cubana.

Josefina, que lidera a equipe de negociação de Cuba no diálogo com os Estados Unidos para a normalização de relações, acrescentou que, “fora isso, todo o resto, tudo aquilo que não atente contra a soberania de um Estado, pode fazer parte de um processo de negociação”.

Para ela, Cuba está focada em uma nova e “interessante” etapa iniciada com os Estados Unidos, com as “melhores intenções” e com “espírito construtivo”, mas consciente dos “desafios”, “dificuldades” e “diferenças” que separam os dois países.

“Estamos sendo bastante realistas em nosso enfoque. Vamos tentar avançar o máximo possível na solução dos problemas e, ao mesmo tempo, aproveitar da melhor maneira possível as oportunidades que eles podem nos apresentar”, afirmou a diplomata cubana.

Ao ser perguntada se está otimista ou pessimista com o processo, Josefina Vidal disse que está “em um meio termo”.

“Não posso dizer que estou totalmente otimista, porque há coisas que saem do meu controle, nem tudo é controlado pela parte cubana. São dois países, e do lado dos Estados Unidos há um governo, um Congresso, uma sociedade, um contexto político. Mas também não posso dizer que sou pessimista, caso contrário não haveríamos chegado ao ponto em que estamos”, opinou.

Sobre as novas medidas de Washington para suspender parcialmente o embargo à ilha, a diplomata acredita que estão caminhando na direção correta, mas são reduzidas, se for levado em conta que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem possibilidades executivas “ilimitadas” para esvaziar o conteúdo essencial do “bloqueio”, mas cabe ao Congresso “sepultar” definitivamente o embargo.

Também revelou que Cuba seguirá reivindicando na Assembleia das Nações Unidas o fim do bloqueio enquanto ele persistir.

Em relação às expectativas geradas pelo acordo dentro de Cuba, Josefina alertou que se trata de um processo em que “nem tudo terá uma solução no curto prazo” e lembrou que a primeira fase é a normalização de relações diplomáticas, que está sendo negociada neste momento.

Dentro dessa fase, se referiu à reivindicação dos Estados Unidos de eliminar as restrições que impedem a liberdade de movimento de seus diplomatas na ilha e lembrou que os funcionários cubanos em Washington também têm as mesmas limitações.

A diplomata disse que Cuba está disposta a discutir sobre essa liberdade de movimento, mas que os diplomatas americanos devem mudar de atitude em relação ao apoio e financiamento de “elementos dentro de nosso país que atuam contra os interesses do Estado, do governo e do povo cubano”, em referência à dissidência interna.

Lembrou que a Convenção de Viena estabelece claramente que os diplomatas têm que respeitar as leis do “Estado receptor” e defendeu a conduta “impecável” dos diplomatas cubanos que trabalham no Escritório de Interesses de Cuba em Washington.

Além disso, Josefina comentou que, após o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos, virá o processo “mais prolongado” para a “normalização” das relações bilaterais. EFE

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