Cuba mostra preocupação com política migratória americana para a ilha

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 15h07

Havana, 21 jan (EFE).- Cuba expressou nesta quarta-feira aos Estados Unidos preocupação com a política migratória americana para a ilha, concretamente pela permanência da Lei de Ajuste e a norma “pés secos – pés molhados”, que Havana consideram “o principal estímulo para a emigração ilegal para os Estados Unidos”.

“Nós expressamos essa preocupação porque (as leis) atentam contra o espírito e a letra dos acordos migratórios que estamos revisando nesta sessão”, disse hoje à imprensa o subdiretor para os EUA do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex), Gustavo Machín.

Funcionários dos Estados Unidos e de Cuba mantêm hoje sua primeira reunião após o restabelecimento das relações diplomáticas entre os países, centrada em assuntos migratórios.

“Estamos conversando sobre tendências migratórias entre Cuba e EUA e como estão os fluxos de pessoas entre os dois países”, indicou Machín, o número dois da delegação cubana, liderada pela diretora para os EUA do Minrex, Josefina Vidal.

À frente da delegação americana está o subsecretário adjunto para a América Latina do Departamento de Estado, Edward Alex Lee.

Machín indicou que na sessão de hoje as partes estão conversando “de forma respeitosa, com fluência, abertura e um enfoque construtivo, apesar das diferenças sobre determinados fenômenos migratórios entre os países”.

Essa nova rodada do diálogo migratório é um dos poucos intercâmbios bilaterais oficiais que EUA e Cuba países já mantinham antes do restabelecimento de relações.

Amanhã começam os contatos relacionados à normalização de seus laços diplomáticos, com a reabertura de embaixadas como um dos assuntos prioritários, que serão lideradas no lado americano pela secretária de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, que está neste momento a caminho de Havana. EFE

sga/cd

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