Cuba sedia primeiro curso de combate ao ebola na América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 10/11/2014 18h18
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Havana, 10 nov (EFE).- O primeiro curso internacional de formação em tratamento, controle e prevenção do ebola para profissionais de saúde da América Latina começou nesta segunda-feira, em Havana, com a presença de mais de 70 alunos de 18 países da região, além de Moçambique, segundo a imprensa local.

O curso, com duração de cinco dias, é uma iniciativa que surgiu na reunião técnica realizada na capital cubana no fim de outubro, convocada pela Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) para estudar uma resposta conjunta para a chegada do vírus ao continente.

As aulas teóricas e práticas são ministradas por 13 professores do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK) de Havana, da Universidade de Ciências Médicas de Havana e do Ministério da Saúde de Cuba.

Entre os alunos há 18 representantes das brigadas médicas cubanas no exterior, procedentes de Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Guatemala, Trinidad e Tobago e Moçambique.

O curso, sediado no IPK, ensina aspectos como o diagnóstico e o tratamento dos doentes, seu acompanhamento epidemiológico e manejo clínico, assim como a segurança e prevenção das equipes médicas durante o atendimento.

Ao longo do curso também serão ensinados critérios de padronização sobre a utilização de equipamentos de proteção pessoal, assunto que foi abordado na reunião da Alba, assim como facilitar sua aquisição a preços acessíveis para a criação de uma reserva regional que permita a distribuição imediata em caso de emergência.

Na reunião dos países do Alba também foi acordado o estabelecimento pautas para a vigilância em centros específicos das pessoas procedentes das áreas de transmissão e o reforço dos sistemas de controle em pontos de entrada nos países da região.

Também ficou combinada a sistematização da troca de experiências e lições aprendidas no combate ao ebola e definir, junto à Organização Pan-americana de Saúde, um plano de emergência que garanta o envio de mostras a laboratórios de referência internacional.

Além de ser sede das reuniões do Alba sobre o ebola, Cuba se juntou ao combate mundial contra o ebola em outubro, com o envio de cerca de 250 profissionais de saúde a Serra Leoa, Libéria e Guiné, os países mais afetados pelo surto do vírus, que já causou mais de 4.800 mortes.

Cuba mantém cerca de quatro mil voluntários, entre eles 2.269 médicos, no continente africano. EFE

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