Cuba sedia primeiro curso de combate ao ebola na América Latina
Havana, 10 nov (EFE).- O primeiro curso internacional de formação em tratamento, controle e prevenção do ebola para profissionais de saúde da América Latina começou nesta segunda-feira, em Havana, com a presença de mais de 70 alunos de 18 países da região, além de Moçambique, segundo a imprensa local.
O curso, com duração de cinco dias, é uma iniciativa que surgiu na reunião técnica realizada na capital cubana no fim de outubro, convocada pela Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) para estudar uma resposta conjunta para a chegada do vírus ao continente.
As aulas teóricas e práticas são ministradas por 13 professores do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK) de Havana, da Universidade de Ciências Médicas de Havana e do Ministério da Saúde de Cuba.
Entre os alunos há 18 representantes das brigadas médicas cubanas no exterior, procedentes de Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Guatemala, Trinidad e Tobago e Moçambique.
O curso, sediado no IPK, ensina aspectos como o diagnóstico e o tratamento dos doentes, seu acompanhamento epidemiológico e manejo clínico, assim como a segurança e prevenção das equipes médicas durante o atendimento.
Ao longo do curso também serão ensinados critérios de padronização sobre a utilização de equipamentos de proteção pessoal, assunto que foi abordado na reunião da Alba, assim como facilitar sua aquisição a preços acessíveis para a criação de uma reserva regional que permita a distribuição imediata em caso de emergência.
Na reunião dos países do Alba também foi acordado o estabelecimento pautas para a vigilância em centros específicos das pessoas procedentes das áreas de transmissão e o reforço dos sistemas de controle em pontos de entrada nos países da região.
Também ficou combinada a sistematização da troca de experiências e lições aprendidas no combate ao ebola e definir, junto à Organização Pan-americana de Saúde, um plano de emergência que garanta o envio de mostras a laboratórios de referência internacional.
Além de ser sede das reuniões do Alba sobre o ebola, Cuba se juntou ao combate mundial contra o ebola em outubro, com o envio de cerca de 250 profissionais de saúde a Serra Leoa, Libéria e Guiné, os países mais afetados pelo surto do vírus, que já causou mais de 4.800 mortes.
Cuba mantém cerca de quatro mil voluntários, entre eles 2.269 médicos, no continente africano. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.