Curdos arrebatam do EI 4 mil quilômetros quadrados no nordeste sírio

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 08h46
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Beirute, 27 mai (EFE).- As forças curdas recuperaram o controle de 4 mil quilômetros quadrados da província de Al Hasaka, no nordeste da Síria, após os últimos avanços frente ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG afirmou que as Unidades de Proteção do Povo -milícias curdo sírias- tomaram hoje a estratégica cidade de Mabruk, situada ao sudoeste da cidade de Ras al Ain e que era controlada pelos extremistas.

Em Mabruk, na fronteira com a província síria de Al Raqqah, está um dos quartéis do EI na zona.

Com a conquista desta população, os soldados curdos aplainam o caminho para progredir em direção a Tel Abiad, entre Al Raqqah e a Turquia.

Os curdos e seus aliados iniciaram há 20 dias uma ofensiva para expulsar os radicais de várias áreas de Al Hasaka.

Atualmente, as Unidades de Proteção do Povo dominam uma superfície que se estende desde a periferia de Ras al Ain até os arredores de Tel Tamr, Mabruk e o monte Abdelaziz.

O progresso dos curdos por terra foi acompanhado dos bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos EUA, contra posições do EI.

Em meados de maio, pelo menos 170 radicais perderam a vida pelos ataques aéreos nas proximidades de Tel Tamr.

Por outro lado, o Observatório acrescentou hoje que duas cristãs foram libertadas ontem à noite por motivos de saúde após serem sequestradas no final de fevereiro pelo EI junto a mais de duas centenas de pessoas em Al Hasaka.

Ambas foram raptadas em 23 de fevereiro durante a invasão dos jihadistas em vários povos de maioria assíria, um grupo étnico de credo cristão, perto de Tel Tamr.

Após sua captura, foram transferidas com os outros sequestrados às zonas sob o controle do EI no monte Abdelaziz, antes que os radicais fossem expulsos de ali pelas forças curdas.

O retrocesso dos jihadistas frente aos curdos em Al Hasaka se produz enquanto o EI está avançando pela província central síria de Homs contra o Exército do regime. EFE

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