Dados climáticos de 2013 confirmam o aquecimento global, segundo a Nasa

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2014 21h06

Washington, 21 jan (EFE).- Os dados climáticos de 2013 em todo o planeta, o sétimo ano mais quente desde que começaram os registros, confirmam a tendência de aquecimento global em longo prazo, segundo um estudo da Nasa divulgado nesta terça-feira.

O trabalho, realizado no Instituto Goddard de Estudos Espaciais da agência espacial americana, mostra que a temperatura média global do ano passado foi de 14,6 graus Celsius, 0,6 graus acima da média do século 20.

Além disso, há 38 anos, em nenhum deles a temperatura média se situou abaixo dessa média de 14,6 graus.

Exceto em 1998, os dez anos mais quentes dos 134 dos quais se dispõe de registros de todo o planeta correspondem ao século 21, com 2010 e 2005 como os que tiveram uma temperatura média mais elevada.

Os cientistas, no entanto, destacam que os padrões meteorológicos podem causar oscilações na temperatura de ano em ano, mas que o aumento contínuo de gases do efeito estufa na atmosfera terrestre estão provocando um aumento global das temperaturas em longo prazo.

Cada ano não tem que ser necessariamente mais quente que o anterior, asseguram os pesquisadores da Nasa, mas dados os níveis atuais de gases do efeito estufa, esperam que cada década supere a temperatura média da precedente.

“Embora um ano ou uma estação possa ser afetada por fenômenos meteorológicos aleatórios, esta análise mostra a necessidade de monitoração contínua e em longo prazo”, explicou o climatólogo do Instituto Goddard, Gavin Schmidt.

Os gases do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono, prendem o calor na atmosfera e regulam as mudanças no clima terrestre.

Devido à ação humana, a concentração destes gases (que se gera de forma natural, mas também ao queimar combustíveis fósseis), aumentou nas últimas décadas e se encontra no nível mais alto dos últimos 800 mil anos, segundo a Nasa.

A concentração de dióxido de carbono na atmosfera era de 285 partes por milhão em 1880, quando começaram os registros do Instituto Goddard, e no ano passado superaram as 400 partes por milhão. EFE

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