Dallas estuda acusar contaminado por ebola criminalmente
Austin (EUA), 7 out.- O procurador de Dallas, no Texas, Craig Watkins, estuda acusar criminalmente Thomas Eric Duncan, o cidadão liberiano infectado pelo ebola, devido à possibilidade de ter exposto o vírus à população “conscientemente”.
“Estamos analisando se Duncan expôs o vírus intencional ou conscientemente à população. Uma pessoa não pode simplesmente entrar no avião, mentir em um formulário de viagem, chegar aos Estados Unidos e mentir em um documento médico”, disse Debbie Denmon, porta-voz da Procuradoria, em declarações ao jornal “The Washington Post”.
Duncan aterrissou nos Estados Unidos, procedente da Libéria, no dia 20 de setembro para se casar com a mãe de seu filho e começar uma nova vida no país. Ao iniciar a viagem na capital Monróvia, preencheu um formulário no qual garantiu não ter tido contato com nenhuma pessoa infectada pelo vírus do ebola.
Essa versão foi desmentida por pessoas próximas ao liberiano, que após saber que sofria de ebola, se lembraram que dias antes da viagem tinha ajudado a transferir uma mulher infectada com o vírus a um centro médico, onde morreu posteriormente.
Foi então que as autoridades liberianas demonstraram interesse em julgar Duncan em seu retorno ao país por “mentir sob juramento”.
Duncan chegou ao Hospital Presbiteriano de Dallas no dia 25 de setembro, com febre e dores abdominais, mas os médicos o deixaram voltar para casa com antibióticos, sem levarem em conta que vinha da Libéria.
O doente voltou ao hospital três dias depois, quando foi isolado e posteriormente diagnosticado com ebola. O período passado fora do hospital foram fundamentais para uma potencial propagação do vírus entre as pessoas com as quais esteve em contato. Em estado “crítico”, Duncan recebe tratamento experimental. EFE
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