Davos termina com alerta sobre dificuldades na criação de novos empregos

  • Por Agencia EFE
  • 25/01/2014 19h28

Arantxa Iñiguez.

Davos (Suíça) 25 jan (EFE).- O Fórum Econômico Mundial advertiu esta semana na cidade suíça de Davos que é difícil criar emprego atualmente porque as economias avançadas não consolidaram ainda sua recuperação e as emergentes frearam a aceleração.

O Fórum Econômico Mundial aposta claramente no Japão nas perspectivas de crescimento após uma recessão de 15 anos.

Do ponto de vista geopolítico, o Irã se mostrou uma novidade muito positiva, segundo um participante político de alta categoria.

O risco de deflação na zona do euro, que o Banco Central Europeu (BCE) descarta que se materialize, exigirá a atuação da entidade monetária.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o conselho de governo está preparado para usar todos os instrumentos permitidos pelo Tratado de Maastricht, entre eles empréstimos aos banco condicionados a darem créditos a empresas e famílias.

O elevado desemprego juvenil em algumas regiões do mundo, como no sul da Europa e no norte da África, foi um dos assuntos mais discutidos no Fórum Econômico Mundial.

Este ano viajaram para Davos os presidentes do Brasil, Dilma Roussef; México, Enrique Peña Nieto; Colômbia, Juan Manuel Santos e Panamá, Ricardo Martinelli.

Dilma e Peña Nieto vieram a Davos buscar investidores e apresentar seus países como regiões atraentes para o investimento com números macroeconômicas positivos e notáveis avanços na segurança.

O lema do Fórum Econômico Mundial deste ano foi “reformar o mundo: consequências para a sociedade, políticas e os negócios”.

O Fórum Econômico Mundial defende a globalização para solucionar as crises atuais, consequências parciais ou totais da crise financeira global, entre elas o elevado desemprego em muitas regiões do mundo.

Na zona do euro, em alguns países do sul da Europa supera os 50%, e representa uma ameaça para a recuperação econômica da região.

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Barroso, advertiu em Davos que “a crise ainda não foi superada, apesar da zona do euro mostrar fortes sinais de recuperação”. E lembrou que a crise continua enquanto o desemprego estiver elevado e cobrou que as reformas na Europa continuem.

O delegado europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, pediu em Davos ao BCE que atue e advertiu que uma inflação muito baixa na zona do euro não respalda a incipiente recuperação da economia da área.

No entanto, existe mais otimismo em comparação com os últimos anos, a convicção de que está melhor e que a zona do euro não vai rachar, mas também que existe um longo caminho a percorrer.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, teve uma atitude conciliadora, mas deixou claro que, embora tenha entrado em “uma nova fase” com a UE e os EUA, não renunciará ao direito de desenvolver um programa nuclear pacífico.

Como se imaginava, a mensagem de Rohani não satisfez Israel. O presidente israelense, Shimon Peres, disse que o mais importante do discurso do presidente iraniano era o que não tinha anunciado e lamentou que não expressasse seu apoio à paz no Oriente Médio.

Rohani disse que o Irã quer a paz e ter relações pacíficas com todos os países e depois especificou que se tratava de “todos os países que reconhecemos oficialmente”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniram em Davos paralelamente ao Fórum Econômico Mundial, para falar do processo de paz.

O Fórum Econômico Mundial de 2014, que começou dia 22 e terminou hoje em Davos, nos Alpes suíços, reuniu 1.500 líderes empresariais de todo o mundo e mais de 40 chefes de Estado ou de governo. EFE

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