De 150 países, Brasil tem a 14ª maior taxa de juros do mundo
Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central
Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco CentralA taxa de juros básica de uma economia é um forte indício da saúde econômica de um país. Ela define os juros aplicados em todo o mercado. Quanto maior a taxa, menos pessoas tomam empréstimos (porque é mais difícil, mais caro), menos dinheiro circula, o consumo diminui e a poupança aumenta.
Na noite desta quarta, O Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa de juros em 14,25% ao ano, depois de sete aumentos seguidos. O órgão aponta que manterá os juros neste valor “por período suficientemente prolongado”. O objetivo é frear o consumo e segurar a inflação.
Mas qual é o tamanho desse valor comparado com os juros aplicados por todo o mundo? Sabemos que o Brasil tem um dos maiores juros do mundo. Mas, vendo os números, os 14,25% se mostram ainda mais excessivamente altos.
De acordo com o site Trading Economics, que avalia as taxas aplicadas atualmente por 150 países, o Brasil tem a 14ª taxa de juros mais alta do mundo. Ou a 137ª menor.
O ranking considera ainda a zona do Euro, composta por 19 países que adotam a moeda única, como apenas uma nação e uma taxa. Contando país por país, portanto, o Brasil estaria apenas em 155º entre os menores juros.
Apesar disso, o Brasil é a oitava nação mais rico do mundo. Entre os sete países mais ricos, somente China e Índia têm taxa maior que 1%. Somente a Índia passa de 5%. Ainda assim, o Brasil tem quase o dobro (14,25%) dos juros indianos (7,25%).
Taxas de juros das maiores economias do mundo
- Estados Unidos: 0.25%
- China: 4.60%
- Japão: 0.00%
- Alemanha (Zona do Euro): 0.05%
- Reino Unido (Zona do Euro): 0.50%
- França (Zona do Euro): 0.05%
- Índia: 7.25%
- Brasil: 14,25%
Os 13 países que têm juros maiores que o Brasil são: Ucrânia (que passa por vários conflitos bélicos civis há mais de um ano, com 27%), Belarus (25%), Malauí (25%), Argentina (23,86%), Gâmbia (23%), Gana (22%), Irã (21%), Haiti (20%), Venezuela (19,86%), Moldávia (19,5%), Uganda (16%), Afeganistão (15%) e Iêmen (15%).
O Brasil tem taxas maiores que países como Cazaquistão (12%), Quênia (11,5%), Angola (10,5%), Serra Leoa (9,5%), Etiópia (5%), Mali (3,5%) e Sudão (13,3%).
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