Decretada emergência ambiental em Santiago; Copa América não será afetada
Santiago (Chile), 21 jun (EFE).- As autoridades da capital chilena decidiram neste domingo decretar para esta segunda-feira emergência ambiental devido à péssima qualidade do ar, apesar desta medida não afetar o desenvolvimento das atividades previstas da Copa América, disputada em Santiago e outras cidades do país.
“Temos um dia muito excepcional, vai ser testada a consciência cívica e a solidariedade dos santiaguinos”, declarou o intendente da Região Metropolitana de Santiago, Claudio Orrego, que admitiu que se trata de uma medida extrema.
Após três dias seguidos de pré-emergência, a autoridade regional informou que não caíram os níveis de poluição na cidade e que as estações de monitoramento mostram que a má qualidade do ar chegou a níveis críticos.
Em virtude do decreto de emergência ambiental, se estabelece uma proibição de circular que afeta 40% dos veículos com catalisador e 80% dos que não têm deste dispositivo.
A restrição entra em vigor às 7h30 (horário local, e em Brasília) e termina às 21h.
Além disso, se procederia à paralisação de atividades em 3.000 indústrias poluentes e se suspenderiam as atividades ao ar livre.
Desta proibição estão isentas as atividades programadas em Santiago por ocasião da Copa América, como treinos, apesar de nesta segunda-feira não haver nenhum programado.
“A Copa América responde a compromissos internacionais do Chile, por isso que não se suspende, mas esperamos que daqui até quarta-feira não se mantenham estes níveis”, assinalou o intendente regional, em alusão ao fato de que a próxima partida está prevista para o meio da semana.
Orrego explicou que a situação se deve à falta de chuvas no mês (o junho mais seco desde 1968) e às más condições de ventilação na região.
Santiago amanheceu este domingo sob pré-emergência ambiental pelo terceiro dia consecutivo e pela quinta vez neste ano, uma medida adotada pela Intendência Metropolitana devido a que a qualidade do ar não melhorou.
Santiago, cidade de 6,3 milhões de habitantes situada em um vale rodeado de montanhas, é uma das capitais mais poluídas da América Latina, principalmente no outono e no inverno, devido à ausência de brisas que dispersem as partículas poluentes e ao fenômeno da inversão térmica. EFE
mf/ma
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