Defensor público da Venezuela nega que López esteja em greve de fome

  • Por Agencia EFE
  • 25/05/2015 14h44

Bogotá, 25 mai (EFE).- O defensor público da Venezuela, Tarek William Saab, negou nesta segunda-feira que o líder opositor Leopoldo López, preso em fevereiro do ano passado, esteja em greve de fome desde ontem e afirmou que ele não está incomunicável desde sexta-feira, como disse a esposa do político, Lilian Tintori.

“Eu falei com o diretor do presídio de Ramo Verde e ele me informou que Leopoldo López tomou café-da-manhã e almoçou, por exemplo. Não está em greve de fome”, disse Saab à emissora colombiana “Blu Radio” sem informar se hoje ele voltou a comer as refeições.

López, junto ao ex-prefeito de São Cristóbal Daniel Ceballos, explicou em um vídeo divulgado no sábado que ambos iriam realizar uma greve de fome para conseguir a libertação e o fim da “perseguição, da repressão e da censura”. Além disso, solicitaram a fixação da data para as eleições parlamentares que acontecerão, segundo as informações mais recentes, no último trimestre deste ano, e que estas “contem com uma observação eleitoral” por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).

Além de negar a greve de fome, Saab negou que López esteja sem comunicação desde a sexta-feira, tal como denunciou hoje em outra emissora colombiana sua mulher, que disse que seu marido estava “isolado em uma cela de castigo”.

“Que a verdade seja dita, os filhos de Leopoldo López, por mediação nossa, viram o pai ontem (domingo), portanto não esta incomunicável”, especificou.

Lilian, que respondeu ao vivo ao funcionário, admitiu esta visita, mas disse que não a satisfaz, já que ela desconhece a situação de seu marido, já que teve a entrada à prisão militar de Ramo Verde, aos arredores de Caracas, impedida.

Saab informou no sábado que Lilian esteve em contato com ele para solicitar sua mediação e que ele a fez, por isso disse não entender as críticas da esposa de López, a quem ele acusa de mentir.

“Nunca haverá um reconhecimento do que fazemos, mas seguiremos fazendo nosso trabalho”, destacou o defensor público venezuelano.

Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular, está em prisão preventiva e aguarda julgamento desde fevereiro de 2014. Ele é acusado de instigação pública, conspiração (formação de quadrilha), danos à propriedade e incentivo aos fatos violentos relacionados a um protesto considerado como o início das mobilizações antigovernamentais do primeiro semestre do ano passado. EFE

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