Déficit das contas externas atinge recorde para o mês de outubro
O déficit das contas externas atingiu recorde de US$ 8,130 bilhões, o maior para outubro desde 1947. O saldo negativo em transações correntes engloba balança comercial, serviços e rendas e é um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.
O chefe do Departamento Econômico do BC informou que o déficit se deve fundamentalmente ao desempenho da balança comercial. Tulio Maciel afirmou que, em outubro de 2013, o déficit havia sido menor: menos US$ 230 milhões.
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Jason Vieira diz que é preciso combinar os dados das contas externas com a queda da confiança do consumidor, menor desde 2008. O economista ressalta os elementos que levaram a moeda americana a subir e, consequentemente, ao menor consumo dos brasileiros no exterior:
Felipe Salto afirma que o Brasil voltou a viver os chamados “déficits gêmeos”, com problemas nas contas externas e o resultado negativo fiscal. O economista explica que o déficit fiscal é o descompasso entre as receitas e despesas do governo federal.
O consultor de investimentos, Frederico Mesnik, avaliou que as empresas e os consumidores param de consumir diante de incertezas. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, afirmou que todos aguardam os rumos e a escolha da nova equipe econômica.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o déficit somou 70 bilhões de dólares, o que representa alta de 4,92% frente ao mesmo período de 2013. Em 12 meses até outubro deste ano, o resultado negativo em transações correntes somou US$ 84 bilhões, o equivalente a 3,73% do PIB.
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