Delator investigado na Lava Jato pede perdão judicial

  • Por Agência Brasil
  • 12/01/2015 15h29
RIO DE JANEIRO, RJ - 14.11.2014: OPERAÇÃO LAVA JATO - Chegada de agentes com documentos apreendidos na Superintedência da PF no Rio de Janeiro - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (14) mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. As buscas são concentradas em 11 grandes empreiteiras. Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões. (Foto: Erbs Jr./Frame/Folhapress) Frame/Folhapress Polícia Federal cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato

A defesa de um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato pediu à Justiça Federal perdão judicial. Os advogados do executivo Júlio Gerin de Almeida Camargo, ligado à empresa Toyo Setal, alegam que o acusado merece o benefício por ter ajudado a identificar pessoas e detalhes sobre os desvios de recursos na Petrobras.

Em resposta à abertura da ação penal contra Camargo, ocorrida em dezembro passado, a defesa reafirmou todas as declarações dele em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF). O executivo confirmou pagamento de U$ 30 milhões ao empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, para intermediar a compra de sondas de perfuração para a Petrobras.

“Desta forma, procedem por completo os fatos narrados na denúncia oferecida nos presentes autos, por serem absolutamente fiéis às declarações prestadas por Júlio Gerin de Almeida Camargo em colaboração premiada e, ainda, aos documentos por ele apresentados”, declarou a defesa.

No termo de delação, Camargo afirmou que em 2005 atuou como agente da empresa Samsung para vender para a Petrobras duas sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México.  Para fechar o negócio, o delator disse que procurou Soares “pelo sabido bom relacionamento” dele na área internacional e de abastecimento da empresa, dirigidas à época por Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, respetivamente.

Na mesma ação penal são réus o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o empresário Fernanado Baiano e o doleiro Alberto Yousseff. O prazo para que os advogados dos demais acusados também apresentem resposta às acusações vence na semana que vem. 

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