Delegação internacional de senadores se diz satisfeita com visita à Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 24/07/2015 20h00

Caracas, 24 jul (EFE).- A delegação internacional de senadores que foi convidada pela oposição venezuelana e encerrou nesta sexta-feira sua visita ao país sul-americano, afirmou que está satisfeita com os objetivos alcançados com a viagem, com a qual obtiveram uma visão dos direitos humanos dos chamados “presos políticos”.

Apesar de não terem conseguido visitar os opositores presos Daniel Ceballos e Leopoldo López, os senadores disseram que estão satisfeitos por terem se reunido com diferentes dirigentes políticos e por terem assinado a chamada “Declaração de Caracas”, na qual fizeram várias exigências em favor da democracia.

“Eu acredito que o conjunto da visita é muito satisfatório para nós e eu suponho e desejo que também o seja para a causa da democracia na Venezuela, porque é preciso continuar acompanhando, revelando para o mundo as coisas que estão acontecendo neste país”, disse aos jornalistas o senador espanhol do Partido Popular (PP) Dionisio García.

O político espanhol indicou que o grupo de legisladores segue pensando que as eleições parlamentares de 6 de dezembro são fundamentais para a Venezuela e, neste marco democrático eleitoral, pediu, em primeiro lugar, como consta no manifesto, “que os presos políticos sejam libertados”.

García também assinalou que, neste documento que foi assinado por toda a comitiva de legisladores, pediu o fim das inabilitações dos políticos venezuelanos que foram punidos recentemente pela Controladoria Geral do país e que estão impedidos de se candidatar para as eleições parlamentares, como é o caso da dirigente María Corina Machado.

No documento, acrescentou García, se pede que o pleito conte com uma observação qualificada “com tempo suficiente” e apontou que os senadores se comprometeram a trabalhar sobre o tema “dentro do próprio parlamento espanhol” nas próximas semanas.

Neste ponto, o senador espanhol ressaltou que, através da embaixada da Espanha na Venezuela, foi pedida uma reunião entre a delegação e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, para fazer o pedido da observação internacional qualificada, “em nosso caso da União Europeia”, mas que não houve resposta.

García informou que também foram solicitadas reuniões com o presidente do parlamento venezuelano, o governista Diosdado Cabello, e com a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, para conhecer os expedientes dos políticos presos e inabilitados, mas “recebemos, em todos os casos, o silêncio como resposta”.

García esteve acompanhado pelo resto da delegação, os também espanhóis Iñaki Anasagasti, do Partido Nacionalista Basco (PNV); Ander Gil, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE); Josep Maldonado, de catalão Convergència i Unió (CiU); e o uruguaio Pablo Mieres, do Partido Independiente (PI). EFE

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